Cidades

Homem é preso após falsificar e vender diplomas de ensinos médio e superior

O suspeito fabricava os certificados e vendia por até R$ 4 mil cada. O anúncio era feito em uma página nas redes sociais

Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 09/02/2018 23:42
O suspeito usava um perfil falso para fazer as negociações com os compradores
Investigado desde setembro de 2017, um homem, suspeito de falsificar e vender diplomas de ensino superior e médio, foi preso, nesta sexta-feira (9/2), pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal (DRCC/PCDF). Com um mandado de busca e apreensão, Rafael de Sena Viana, 33 anos, foi capturado dentro de casa, em Samambaia, onde os agentes encontraram vários certificados, materiais de confecção, além de quase R$ 15 mil em dinheiro.

De acordo com as investigações, as negociações eram feitas pela internet, por meio de um perfil falso no Facebook, com o nome de Freddy Marley Diplomas. O vendedor e o cliente negociavam a compra, mas não se encontravam pessoalmente, já que a entrega era feita pelos Correios.

O delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani, detalhou a ação dos policiais. "Começamos a acompanhá-lo e vimos que ele seguia o mesmo modus operanti: produzia o material ao longo da semana e na quinta ou sexta-feira depositava nos Correios. Como ontem ele não foi à agência, sabíamos que as produções estariam com o suspeito".

Rafael foi preso em flagrante e confessou o crime de falsificação de documento público e privado. Os agentes também constataram que o próprio acusado emitiu um certificado falso para ele mesmo e conseguiu uma carteira legítima do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de Santa Catarina, que permite a atuação na área. Ele pode pegar pena de até seis anos de reclusão.

Compradores


Segundo Zuliani, a média de produção de diplomas era de 10 por semana, o que totaliza aproximadamente 140 certificados emitidos e distribuídos somente contando a partir do começo das investigações. Cada um era vendido a valores que variavam de R$ 1,5 a 4 mil. "A grande maioria dos compradores, diria que 90%, era de outros estados, cabendo às polícias civis das regiões localizá-los. Nós já estamos recolhendo os diplomas dos envolvidos no DF", relatou. Os envolvidos foram identificados ao longo das investigações e também vão responder por crime de falsificação.

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