Pedro Grigori - Especial para o Correio
postado em 14/02/2018 16:21
Cerca de 750 mil pessoas foram às ruas do Distrito Federal em 2018, entre o pré-carnaval e a Quarta-feira de cinzas. O número é a metade de 2017, quando 1,5 milhão de pessoas bateram o recorde de público do carnaval brasiliense. Os dados foram divulgados na tarde desta quarta-feira (14/2), em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti. No período, 437 ocorrências foram registradas, 22% a menos do que no ano passado.
O bloco que levou mais foliões as ruas foi o Raparigueiros, com público de 60 mil pessoas no desfile pelo Eixo Monumental desta terça-feira (14/2). Um dos possíveis motivos da redução do público total pode ser a falta do Baby Doll de Nylon, bloco com o maior público de 2017: 160 mil pessoas, segundo a PM.
Até o momento, 48 pessoas foram presas no carnaval, segundo a PM. A corporação atuou com 5,5 mil policiais. Foram 51 roubos em 2018, bem menos do que os 141 de 2017. Cresceram os registros de crime contra o bem público, foram 10, 500% a mais do que no ano passado.
Não houve mortes no trânsito durante o carnaval do DF, segundo o Detran/DF. Foram 1.549 autuações, sendo 120 por alcoolemia no volante. O Corpo de Bombeiro registrou 113 ocorrências, sendo três por mortes de banhistas. Uma delas em São Sebastião, e duas no Goiás, onde o CBMDF ajudou na atuação.
Mais lixo
Mesmo com a diminuição do público do carnaval de rua do DF, cresceu o número de resíduos retirados das ruas pelo SLU. Em 2018, foram 118 toneladas de lixo, o maior número dos últimos quatro anos. ;Grande parte do material é reciclável, e temos que destacar a diminuição do número de objetos de vidro, que além de poder provocar acidentes, não tem ponto de reaproveitamento no DF;, contou a presidente do SLU, Heliana Katia.
Turistas
Em 2018 foi batido o recorde de turistas nas festas carnavalescas do DF: 25 mil turistas, 20% a mais do que no ano passado. A expectativa da Secretaria de Turismo é que R$ 56 milhões sejam deixados na capital federal pelos visitantes. ;Brasília está conseguindo se consagrar como um dos polos do carnaval brasileiro, mesmo ainda sem ter a tradição de outras cidades como Recife, Salvador e o Rio de Janeiro, por exemplo;, ponderou Sandro Cunha, subsecretário de promoção e marketing da Secretaria de Turismo.