Augusto Fernandes
postado em 15/02/2018 06:41
No ano passado, cerca de oito toneladas de drogas apreendidas foram incineradas no Distrito Federal. As informações são da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil (PCDF), departamento responsável por armazenar as apreensões de entorpecentes realizadas tanto pela PCDF quanto pela Polícia Militar (PM). Os números de apreensões neste ano mostram resultados pertinentes. Conforme dados da Polícia Militar do Distrito Federal, 174 armas foram apreendidas desde o início do ano, média de quatro por dia. Somente na semana passada, 20 armas foram recolhidas pela corporação.
Além disso, apenas em janeiro, 227kg de maconha, crack e cocaína e 165 unidades de LSD, ecstasy e roupinol foram apreendidas pelos militares. Isso significa uma média diária de apreensões de quase 7kg de drogas. Em 2017, foram realizadas três grandes incinerações, uma a mais que no ano anterior. A quantidade de entorpecentes incinerados em 2016 também foi menor, quando cerca de 5,5 toneladas de droga foram queimadas.
Para a atividade, a PCDF precisa contratar uma instituição especializada. No ano passado, a corporação gastou R$ 19 mil com as contratações das empresas para incinerar os entorpecentes. O valor foi superior ao de 2016, quando as incinerações custaram quase R$ 15 mil aos cofres da PCDF.
De acordo com o delegado da Cord, Leonardo de Castro, é de extrema importância o combate às drogas. ;O tráfico e o uso de entorpecentes ocasionam outros crimes, como roubos e assassinatos. É complicado fazer essa fiscalização, porque não estamos em todos os lugares. Mas vamos tentar impedir a entrada de drogas em Brasília sempre que possível e agir com mais intensidade para aumentar as apreensões;, afirma.
12 mil armas de fogo foram destruídas
O número de destruições de armas apreendidas no passado também foi superior à estatística de 2016. Conforme dados do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 11; Região Militar, 12 mil armas de fogo foram destruídas em 2017, quantidade 39% maior em relação ao ano anterior, quando 8,6 mil armas de fogo foram encaminhadas para destruição.
Drogas e armas apreendidas precisam passar por perícia, no instituto de criminalística da PCDF, e são encaminhadas para descarte somente após decisão judicial. No caso das armas, a Central de Guarda de Objetos de Crime do Tribunal de Justiça do Distrito Federal recolhe as apreensões feitas pela PCDF e PMDF e depois as envia para o Exército Brasileiro, responsável pela destruição. Na maioria dos casos, o processo final acontece em usinas siderúrgicas, onde as armas são derretidas e transformadas em insumos.
Armas provenientes da Campanha de Desarmamento também são destruídas. No ano passado, 351 armas recolhidas na campanha foram despedaçadas. O número foi maior em relação a 2016, quando 89 foram encaminhadas para serem transformadas em material reciclável. De acordo com Paulo Renato Alvarenga, delegado da PCDF, o auxílio da população com a entrega das armas é importante para o combate ao crime no Distrito Federal. ;A retirada de armas ilícitas das ruas tem um impacto direto na redução dos crimes, em especial nos homicídios;, explica.
Veículos são leiloados pelo Detran-DF
O destino para os veículos apreendidos, por outro lado, não é a destruição. Os automóveis removidos pelos órgãos de trânsito são encaminhados para os depósitos de veículos apreendidos (DVA). No Distrito Federal, são cinco DVAs: na Asa Norte, no Gama, em Sobradinho, em Taguatinga e no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-040.
Os automóveis ficam disponíveis para retirada pelo prazo de 60 dias. Após o período, caso o proprietário não resolva as pendências, o veículo segue para leilão. De acordo com dados do Departamento de Trânsito (Detran/DF), em 2016, 4.565 automóveis foram leiloados. Em 2017, a estatística aumentou: 5.559 veículos foram arrematados, diferença de 22% para o ano anterior. Nos dois anos, seis leilões foram realizados.
Silvain Fonseca, diretor-geral do Detran-DF, relata que os principais motivos para apreensão de veículos são falta de licenciamento e motoristas que dirigem alcoolizados, a maior preocupação do Detran. ;Mais de 24 mil condutores foram autuados por alcoolemia no ano passado. Em cada fiscalização, abordamos entre 30 e 40 motoristas nesse estado. Vamos trabalhar para diminuir esse quantitativo, e evitar que mais acidentes aconteçam;, ressalta.