Cidades

EPTG: novos limites de velocidade começam a valer nesta quarta-feira

Trechos da Estrada Parque Taguatinga serão alargados para facilitar o fluxo de veículos. Nos pontos que sofrerão alterações, a velocidade da via será reduzida de 80km/h para 60 km/h. A partir de hoje, motoristas poderão ser multados

Augusto Fernandes
postado em 21/02/2018 06:00
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Nos próximos quatro meses, quem trafega pela Estrada Parque Taguatinga (EPTG) precisará de ainda mais atenção e paciência. As faixas da direita de três trechos da via serão alargadas no período. Além disso, os pontos das intervenções terão a velocidade máxima reduzida de 80km/h para 60km/h. O primeiro local a passar por alterações será o Córrego Samambaia, no sentido Brasília;Taguatinga, após o Viaduto Israel Pinheiro. As reformas começam amanhã.

De acordo com o superintendente de Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem no Distrito Federal (DER-DF), Cristiano Cavalcante, a redução da velocidade é importante para evitar riscos a motoristas e trabalhadores. ;Durante as obras, a estrada estará repleta de máquinas e operários. Tivemos de tomar decisões para garantir a segurança de quem estiver na via. A velocidade máxima no trecho da intervenção, contudo, voltará a ser de 80km/h assim que o serviço for finalizado;, explica.

[SAIBAMAIS]Apesar de as reformas terem início na quinta-feira, serão aplicadas, a partir de hoje, as multas para quem ultrapassar o novo limite de velocidade da via. Enquanto durarem as intervenções, a faixa exclusiva para ônibus ficará liberada para todos os veículos. Cristiano reforça, porém, que os condutores só poderão utilizá-la no trecho em obras ; nesses pontos, o radar eletrônico não fará autuações. No caso do primeiro local a ser alterado, também será instalada uma barreira eletrônica na saída do Viaduto Israel Pinheiro para quem segue em direção a Taguatinga.

As faixas de rolamento da direita do Córrego Samambaia, do Córrego de Vicente Pires e do viaduto da linha férrea, entre Guará e Setor Habitacional Lucio Costa, têm 2,7m de comprimento. Com a reforma, elas devem passar para 3,5m. As intervenções ocorrerão nos dois sentidos da via. Segundo Cristiano, o alargamento facilitará o fluxo. ;Esse é um ponto de insegurança para os motoristas. Como as faixas são mais estreitas, eles reduzem a velocidade com receio de algum acidente. Isso provoca um efeito cascata e contribui para congestionamentos. Com certeza, depois das obras, melhorará bastante;, prevê.

Mobilidade

A atendente de telemarketing Luciana Pontes, 45 anos, passa pela EPTG diariamente. Ela acredita que as intervenções causarão mais transtornos. ;Não acho que o prazo será cumprido, e o trânsito ficará bem complicado. Eu vou para o trabalho de ônibus todo os dias e, com os carros passando pela faixa exclusiva, o nosso trajeto será muito mais lento;, lamenta. O motorista de ônibus Silvano Moreira, 47, não sabia das obras, mas, assim como Luciana, teme que elas não sejam concluídas no tempo estabelecido. ;Fazer isso no período chuvoso será complicado. Tudo deveria ter sido feito na seca;, defende.

Quem circula pela via de carro aprova as mudanças. É o caso da aposentada Zilma Bastos, 68. ;Eu uso a EPTG para visitar o meu neto e acho bom acontecer essas obras. Ainda assim, acredito que deveriam ampliar o metrô e abrir mais estações;, sugere. O autônomo Adalberto Fernandes, 39, recorre à pista por achar o caminho mais prático entre Taguatinga e Plano Piloto. ;Esses locais precisam de um alargamento, pois é por ali que o trânsito mais trava;, ressalta.

Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) e presidente do Instituto de Segurança no Trânsito, David Lima, as reformas não resolverão os engarrafamentos na EPTG. ;Com a estrada mais atrativa para o motorista, a tendência é de que mais veículos transitem por lá. O problema é o grande investimento para carros. É preciso olhar a questão de mobilidade como um todo. Se são oferecidas facilidades para os veículos, também é necessário para transportes coletivos e sustentáveis;, alerta.



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