Otávio Augusto
postado em 25/02/2018 14:07
A corrida eleitoral para ocupar o Palácio do Buriti ganhou neste fim de semana mais um integrante. O nome do ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), ex-senador e ex-deputado federal Valmir Campelo foi ventilado pelo Partido Popular Socialista (PPS). A sigla não fechou posição, mas ele é cotado para concorrer a o cargo de governador, vice-governador ou senador.
O possível retorno às urnas ocorre 24 anos após perder a última eleição, quando concorreu ao governo do DF com o então petista Cristovam Buarque, em 1994. Hoje, Valmir e Cristovam são correligionários. O PPS defende uma candidatura Palácio do Buriti e até cogitou lançar o senador Cristovam Buarque, mas o nome do parlamentar é cotado na disputa à presidência da República.
Para interlocutores do partido, a distância de mais de duas décadas das urnas não é um empecilho para a campanha de Valmir. Pelo contrário, pode até ajudar. Os mais otimistas acreditam que ele pode se tornar sinônimo de %u201Crenovação%u201D da política local. O ex-ministro deixou o TCU em 2014, após 18 anos de trabalho. O grupo político de Valmir conta ainda com os deputados distritais Celina Leão e Raimundo Ribeiro, ambos do PPS.
[SAIBAMAIS] Campelo acertou filiação ao PPS em maio do ano passado com o desejo de disputar um cargo majoritário nas eleições de 2018. %u201CEle é uma pessoa decente e que tem um excelente currículo na cidade. Queremos que o DF entenda que esse nome é íntegro, limpo e correto. Ele nunca foi envolvido e caos de corrupção%u201D, destaca o presidente regional do PPS, Chico Andrade.
Campelo ser cabeça de chapa irá depender das alianças feitas pelo PPS, que mantém conversas com o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), que fará campanha ao Buriti, flerta com o ex-deputado federal e ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), que também deseja ser governador.
Em entrevista concedida em maio do ano passado ao CB.Poder %u2014 programa realizado pelo Correio Braziliense e pela TV Brasília %u2014 o ex-ministro disse que quer ajudar a capital federal %u201Ccom a sua experiência%u201D. %u201CEstou na cidade há 55 anos e sempre desempenhei um trabalho muito sério. Pautei a minha atuação no TCU na ética e na moralidade, como vinha fazendo em outras funções públicas%u201D, argumentou.
Apesar da rivalidade na eleição de 1994, Campelo garante que não há rusgas entre ele e Cristovam Buarque. Durante a campanha, o ex-governador Joaquim Roriz subiu no palanque de Campelo para pedir votos. Cristovam e Roriz representavam o racha da política local à época. %u201CNem na campanha fomos inimigos%u201D, destacou Campelo em 2017.