Cidades

Sistema da Defesa Civil que alerta sobre alagamentos tem 70 mil inscritos

Nove alertas já foram enviados a moradores do Distrito Federal desde sua implantação, em 19 de fevereiro deste ano

Tatiana Castro*
postado em 01/03/2018 14:40
No período de chuvas, a probabilidade de desastres aumenta

Quase 70 mil celulares estão cadastrados no serviço da Defesa Civil para receber alertas de desastres naturais no Distrito Federal, segundo dados do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). O órgão, responsável pelo envio dos torpedos, afirmou que até o momento 69.754 telefones já fazem parte do sistema na capital, e, além disso, nove alertas diferentes já foram enviados, englobando ocorrências sobre chuvas intensas e vendavais em todo o DF.

Segundo a Defesa Civil, o número de cadastros está dentro do esperado, pois o processo é gradual. "Somente nesta semana, 9 mil pessoas se cadastraram. Nós vamos fazer outras atividades de divulgação como campanhas e outros trabalhos de informação para chamar a atenção da população", afirmou.
O serviço, que já existia em alguns estados do Sul e Sudeste desde 2017, chegou em Brasília em 19 de fevereiro desde ano. Para se cadastrar, é necessário enviar um SMS para a Defesa Civil, com o CEP residencial, para o número 40199. Os alertas são gerados pelo Cenad em parceria com os órgãos da Defesa Civil, e o serviço é totalmente gratuito.
Por meio das mensagens, os brasilienses recebem avisos sobre inundações, alagamentos, temporais e deslizamentos de terra. Na última quinta-feira (22/2), o sistema enviou um torpedo alertando para ventania forte, com a recomendação de não permanecer embaixo de placas e árvores, por exemplo.
Em nota, o Cenad ressaltou que "é fundamental a participação da população junto à Defesa Civíl do DF, para ter conhecimento sobre as medidas que devem ser adotadas diante do recebimento de alertas dessa natureza."

Perigos

Em novembro de 2017, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil divulgou um levantamento constatando que o DF possui 36 áreas de risco distribuídas nas 18 regiões administrativas. Os casos mais graves são de áreas com frágil infraestrutura, passíveis de maior dano em caso de deslizamentos, enchentes e desabamentos. De acordo com o relatório, a probabilidade de desastres aumenta na época de chuvas.
Entre as regiões citadas, está Vicente Pires, onde mora Taynara Dettmann, de 22 anos. A jovem acredita que o serviço seja muito importante, pois é uma questão de segurança pública. "No período das chuvas, sempre é uma dificuldade chegar em casa por causa das ruas alagadas. O esforço da Defesa Civil é válido e penso que em algumas cidades, como Vicente Pires, o sistema deve funcionar", afirma.
As outras regiões administrativas que também possuem áreas de risco são: Águas Claras, Ceilândia, Estrutural, Fercal, Itapoã, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Sobradinho II, Taguatinga e Varjão.

*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.

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