Cidades

Caesb identifica rede ilegal de água que abastecia 150 casas em condomínio

Segundo a companhia, ligações clandestinas em Nova Bethânia 2 potencializam a crise hídrica. Moradores reclamam de demora da estatal a instalar a rede no bairro

Augusto Fernandes
postado em 02/03/2018 15:21
Equipes da Polícia Civil também participaram da operação
Uma operação conjunta da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) com a Polícia Civil identificou quatro pontos de ligação clandestina à rede de água no Condomínio Nova Betânia 2, no Setor Habitacional Água Quente, na divisa entre Samambaia e Recanto das Emas. De acordo com a estatal, que deflagrou a ação na manhã desta sexta-feira (3/2), 150 casas eram abastecidas pelos canos irregulares.

"Isso potencializa a crise hídrica. Se essas unidades estivessem regularizadas, não teria problema. Mas quem consome sem a devida menção ou pagamento, acaba desperdiçando. É algo desregrado", comentou o gerente de Vistoria e Fiscalização da Caesb, Geraldo Donizeth Cruz.

No entanto, os moradores da região alegaram ao Correio que aguardavam por mais de quatro meses a instalação da rede de água. Técnicos da própria Caesb, segundo esse grupo, cadastraram os moradores do bairro, mas nuna mais voltaram. Ainda segundo os moradores, em 30 de janeiro, a Caesb informou que os documentos para viabilizar as obras nas redes de abastecimento da região foram encaminhados ao diretor do órgão.

"Já participamos de diversas reuniões com a administração do Recanto das Emas e com a Caesb para conversar sobre o assunto. Nós já fizemos nossa parte. Ninguém aqui quer morar de forma ilegal. Todos os moradores são humildes, e esperamos que isso seja resolvido o quanto antes possível", protestou Adeilton Herculano Jacinto, 39 anos.
Em resposta, a estatal informou que a operação verificou o número de habitantes, o volume de água e "o melhor tipo de de rede para atendê-los". Na nota, a Caesb afirmou que faz "estudos para a implantação do abastecimento de água potável para a região".
Inspetores do Instituto de Criminalística compareceram ao local. Segundo a Polícia Civil, os peritos recolhem a análise de provas para, depois, passar a investigação às delegacias. Até a última atiualização desta matéria, ninguém havia sido detido ou autuado.

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