Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 06/03/2018 12:38
O servidor aposentado, Almir de Azevedo Vieira, 91 anos, morreu nesta segunda-feira (5/3). Ele foi o primeiro administrador da unidade de saúde pioneira do Distrito Federal, o hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (JK). O corpo será velado na Loja Maçônica da Quadra 909 da Asa Norte, entre as 10h e as 17h desta terça-feira (6/3).
Almir chegou a Brasília em maio de 1957. O sonho dele era participar da construção da nova capital do país. Ele veio para a cidade sem ter onde morar, apenas com a promessa de que trabalharia no hospital. "Muitas pessoas se atreveram a vir cumprir essa meta. Almir foi uma dessas", relata o presidente da Associação dos Candangos Pioneiros de Brasília, Jorge Sarkis, 62 anos.
Jorge era amigo de Almir havia mais de 40 anos. "Eu o conheci quando ainda era criança. Ele foi um dos fundadores da associação e queria manter a memória dos pioneiros viva", comenta. O grupo dos primeiros moradores de Brasília se reúne em datas específicas para lembrar dos velhos tempos. Sarkis conta que Almir não deixava de comparecer aos encontros.
O ex-administrador deixou sete filhos, 12 netos, 12 bisnetos e a mulher, Maria Vieira, 80 anos. Ele morava na Asa Sul e se aposentou como servidor público. Um problema de cardiopatia se agravou ao longo dos anos e foi a causa da morte de Almir. O filho dele, Luiz Lustosa Viveira, 62 anos, comenta sobre o legado que o pai deixou à cidade. "Ele nos ensinou como é importante ser honesto. A parte mais importante da vida dele era ajudar as pessoas", emociona-se.
História
Hoje, o hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira faz parte do Museu Vivo da Memória Candanga, inaugurado há 27 anos. Ele fica localizado no Setor JK, Lote D, no Núcleo Bandeirante. A visitação ocorre de segunda a sábado, das 9h às 17h. A unidade de saúde foi erguida em 60 dias para atender operários da época.