Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 07/03/2018 23:00
Usuários da Biblioteca Central da UnB (BCE) foram obrigados a sair do local, na noite desta quarta-feira (7/3), devido ao fechamento antecipado por falta de seguranças. Apesar do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF) ter confirmado a continuidade da paralisação, a universidade garantiu o funcionamento normal da biblioteca nesta quinta-feira (8/3).
Por volta das 19h, um funcionário adentrou a área de estudos, avisando sobre o encerramento das atividades. "Em quinze minutos vai tocar o sinal da BCE, porque vamos fechar. O motivo é a falta de segurança, ele disse. O pessoal juntou as coisas e saiu bem indignado", contou a concurseira e usuária frequente da BCE Ana Paula Faria. O horário normal de fechamento é às 23h45.
De acordo com a Universidade de Brasília, a greve dos vigilantes motivou a medida. O objetivo do encerramento foi "garantir o bem-estar dos estudantes". O funcionamento será normalizado na quinta. "A Diretora de Segurança (DISEG/UnB) adotará uma sistema de priorização, obedecendo demandas estratégicas, nas quais a BCE está incluída", garantiu a instituição.
Greve continua
Em assembleia geral realizada em frente ao Palácio do Buriti, nesta quarta-feira, os vigilantes decidiram manter a greve. A categoria aproveitou para fazer uma manifestação, que contou com aproximadamente 400 pessoas. A intenção do sindicato era conseguir ser recebido em negociação com secretários do GDF. Segundo a entidade, o governador Rodrigo Rollemberg recebeu os representantes e se comprometeu a ajudar a resolver o impasse.
Por enquanto, os bancos continuam fechados. Os serviços em agências do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) ficaram restritos apenas a clientes que fizeram agendamento prévio. E, de forma geral, todos os órgãos públicos também sofrem prejuízos com falta de trabalhadores da área. Porém, com o apoio da Polícia Militar, alguns parques vinculados ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) estão abrindo.
Com a decisão por continuar a paralisação, a categoria descumpre ordem judicial emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região e está sujeita a multa de R$ 100 mil por dia até julgamento final da ação. O Sindesv, no entanto, entrou com recurso contra a liminar.
Os vigilantes pedem reajuste salarial de 3,10% e aumento de 6,8% no auxílio-alimentação.