Cidades

Diretor-geral da OMS visita Brasília e pede foco na atenção primária

Após ir ao Hospital da Criança e à Unidade Básica de Saúde do Itapoã, Tedros Adhanom cobrou mais estratégias de promoção da saúde e a prevenção de doenças

Augusto Fernandes
postado em 21/03/2018 19:11
Diretor-geral da OMS, segundo da direita para a esquerda, citou Hospital da Criança como referência
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, veio a Brasília nesta quarta-feira (21/3). Acompanhado pelo governador Rodrigo Rollemberg e pelo secretário de Saúde Humberto Fonseca, o etíope foi ao Hospital da Criança (HCB) e à Unidade Básica de Saúde do Itapoã. Após as visitas, Adhanom exigiu que a atenção primária receba mais investimentos.

"Isso precisa ser ainda mais consolidado. Em se tratando de doenças não-transmissíveis, é preciso empregar esforços na prevenção. Os fatores de risco, particularmente, têm de ser superados", destacou. Segundo ele, a sociedade tem um papel importante para esse processo.

[SAIBAMAIS]"Não se deve esperar que o governo faça tudo sozinho. Deve haver uma parceria com a sociedade. A comunidade também deve contribuir com a sua parte. A equipe de trabalho é importante para poder educar a população sobre como superar os fatores de risco, e é interessante que as pessoas participem para garantir o seu acesso aos serviços básicos de saúde", explicou.
Por sua vez, Rollemberg ressaltou que já pensa em estratégias para aumentar a cobertura da atenção primária, e que mais servidores devem ser nomeados até o fim do mês. "Estamos organizando a rede pública de saúde. Antes, a cobertura da atenção básica era de 29%. Agora, ela é de 69%. Pensando nas melhorias das condições de atendimento à população, de forma geral, devemos nomear mais 1.485 profissionais", disse.

Elogios ao Hospital da Criança

Foi a segunda vez que Adhanom visitou o HCB. Na avaliação dele, o hospital pode servir de exemplo para outros países. "Na primeira vez que vim, no ano passado, fiquei impressionado. Ele foi construído de uma forma que as crianças se adaptassem ao ambiente de tratamento hospitalar. Podemos perceber o vínculo de apego entre os médicos e pacientes. Isso é importante, porque as crianças se sentem em casa. Temos que nos orgulhar. Examinirei as formas de influenciar outros hospitais e aplicarem o modelo usado aqui", finalizou.


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