Um grupo de moradores de Águas Claras protestou, no início da tarde deste sábado (31/3), contra as alterações no trânsito no cruzamento entre as ruas 36 e 37 Norte. Segundo os manifestantes, após uma intervenção do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) que colocou um semáforo e mudou o fluxo de veículos de um dos trechos, a quantidade de engarrafamentos teria aumentado muito.
Com cartazes, uma caixa de som e um microfone, cerca de 30 pessoas se reuniram no cruzamento, eles pediam o fim das "experiências de trânsito" na região administrativa. Um dos organizadores, o psicólogo Lucas Moreira se queixou da postura do órgão. "O trânsito é caótico e o Detran remedia, mas não resolve. Não somos laboratório", disparou.
Kellryane Medeiros, gestora comercial, também reclamou. "Nós moramos bem do lado do cruzamento, mas não somos os únicos impactados. A Castanheiras é uma das principais avenidas da cidade. Estamos protestando contra um serviço prestado, pago com nossos impostos e sem resultado positivo", afirmou.
A empresária Patrícia Rebelo mora do outro lado de Águas Claras, mas também afirma que as alterações a prejudicaram. ;O Detran concluiu os trabalhos em uma terça-feira, sem colocar placas. Quem não conhece a cidade pode pegar a contramão. Moro na Rua 3 e, após as alterações, começamos a sofrer com engarrafamentos", disse. "Essa alteração complicou nossa saída". Minha mulher fica de 20 a 30 minutos para deixar o condomínio. O Detran precisa rever essa situação;, completou o analista de sistemas Walter Morais Júnior.
Explicações
O diretor geral interino do Detran, Silvain Fonseca, negou que as alterações tenham prejudicado o trânsito. Segundo ele, na verdade, o número de acidentes diminuiu na localidade. O gestor informou que fará uma reunião e que está nos planos do órgão adiantar alterações para facilitar o trânsito para quem mora nas proximidades.;Com a mudança, acabaram os acidentes. Estamos acompanhando a situação. Está fluindo bem. Vamos avançar mais uma etapa de modificação para atender os moradores de condomínios próximos. Um deles, o Top Life, deveria ter duas saídas e tem só uma. Isso prejudica os moradores. Nós zeramos os acidentes nos cruzamentos. Estaremos lá na segunda-feira para uma reunião;, avisou Silvain.