Cidades

Brasilienses enfrentam trânsito complicado próximo à Esplanada

A maior queixa é sobre por conta da dificuldade em estacionar nos arredores da Esplanada dos Ministérios. Interdições no trânsito e grades de segurança são medidas da Secretaria de Segurança para manifestações contra e pró-Lula

Hamilton Ferrari
postado em 04/04/2018 10:59
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O dia D para a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou com estresse na capital federal. Por conta do bloqueio na Esplanada, os brasilienses estão enfrentando longos congestionamentos e atrasando para os seus compromissos. É o caso da servidora pública Helenice Castro, 61 anos. Ela afirmou que o dia começou ;horrível; diante do Eixo Monumental fechado.

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Helenice saiu às 7h da manhã de Sobradinho e chegou cerca de 10h na Esplanada. ;Na descida do Colorado é normal que tenha trânsito, mas chegando aqui perto do centro, todas as ruas estavam cheias ao redor. É uma situação indigna;, criticou.

Os maiores pontos de concentração de veículos estão nos Anexos, onde as pessoas tentam chegar próximo aos ministérios. Também há bastante dificuldade para encontrar vagas, enchendo as áreas ao arredores, como o Setor de Autarquias Sul.

[SAIBAMAIS]Helenice trabalha no Ministério da Saúde, perto do Itamaraty e do Congresso Nacional. Ela foi de carona com o marido até próximo o Setor de Autarquias Sul e, de lá, vai andar até o órgão. ;Vai ser preciso andar muito, infelizmente. Nós não podemos deixar de trabalhar, mas é uma dificuldade enorme;, afirmou a servidora.

As vias S1 e N1, no Eixo Monumental, estão fechadas desde ameia-noite de quarta-feira (4/4). Os órgãos de segurança pública farão a divisão do público no canteiro central da Esplanada, desde a altura da Catedral até o limite com a Alameda dos Estados. É possível ver muita viatura da Polícia Militar e do Batalhão de Choque. Por enquanto, não há mobilização de manifestação.

Pouca movimentação na Esplanada

Até por volta de 13h, era pouca a movimentação na área central de Brasília, onde alguns carros de sons e manifestantes se organizavam na Esplanada. O professor Henísio Pires Gonçalves, 44 anos, que se manifesta contra o habeas corpus de Lula, alegou que não tem nada contra o partido, mas tem receio de que o julgamento crie precedentes para a impunidade. ;A lei precisa ser respeitada e se não há um movimento dos Poderes nessa direção, a sociedade precisa se manifestar. A lei vale para todos;, disse.

Julgamento

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caso vai decidir se ele pode ser preso após ser condenado em segunda instância. Haverá protestos pró e contra o petista. Por isso, o gramado da Esplanada está dividido para cada grupo de manifestantes.

Apesar dos transtornos da manhã, Helenice é a favor da manifestação e acredita que o STF terá que dar ;exemplo; e fazer Justiça. ;Não estou aqui para julgar o Lula, mas a decisão pode deixar o país fadado à impunidade. Serão obrigados a permitir que ninguém vá preso após a condenação em segunda instância. É preciso dar exemplo;, avalia.

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