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DF lidera notificação de casos suspeitos de febre amarela no Centro-Oeste

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 1º de junho de 2017 e 3 de abril deste ano, 74 pessoas adoeceram. Unidade tem, ainda, 29 casos em investigação

Otávio Augusto
postado em 09/04/2018 17:20
A Vigilância Epidemiológica destaca que 86% da população do DF está vacinada
O Ministério da Saúde atualizou o número de casos de febre amarela registrados em todo o território nacional. O DF lidera notificação de casos suspeitos na região Centro-Oeste. A unidade da federação tem 74 casos confirmados desde 1; de junho de 2017. Desses, 29 continuam sendo monitorados para confirmar a infecção com o vírus. Uma pessoa morreu na cidade. Goiás ocupa a segunda colocação no ranking da pasta, com 60 casos. Mato Grosso do Sul tem 11 e Mato Grosso, três. Esses estados não registraram mortes.

Segundo dados do Ministério da Saúde, foram confirmados 1.127 casos de febre amarela em todo o país e 328 mortes. Ao todo, foram notificados 4.548 casos suspeitos ; 980 ainda em investigação. Os dados fazem parte do mais recente balanço do Ministério da Saúde e abrange casos até 3 de abril.

A Vigilância Epidemiológica destaca que 86% da população do DF está vacinada. Somente no ano passado, segundo dados preliminares, mais de 207 mil pessoas tomaram o imunobiológico.

Na cidade, a morte mais recente causada pela doença foi confirmada pela Secretaria de Saúde em fevereiro deste ano. Um homem pegou febre amarela na Granja do Torto. Em dezembro de 2017, um morador do Sudoeste morreu com a doença.

No ano passado, foram investigados 86 casos suspeitos de febre amarela em moradores do DF. Desses, três foram confirmados e acabaram morrendo. Das confirmações, apenas um foi autóctone, ou seja, a doença foi contraída na capital.

Em 2000, houve o surto mais grave de febre amarela no Distrito Federal, com 40 registros. Em 2008, 13 pessoas adoeceram.
A Secretaria de Saúde trabalha com outros números. Segundo a pasta, foram registrados 62 casos suspeitos de febre amarela, até 4 de abril. Destes, 53 são em moradores do Distrito Federal e nove de outras unidades da federação. Um caso foi confirmado em uma brasiliense e a pessoa se curou.
Os números da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde divergem por que a pasta local divulga os números de 2018, enquato o governo federal elabora boletins com informações desde o início do surto, em junho de 2017.

Situação no Brasil


São Paulo, com 2.104 casos, e Minas Gerais, com 1.416, são as unidades da Federação com mais casos. Ao todo, 148 mineiros morreram em decorrência do vírus. Em São Paulo, foram 115 mortes.

O Ministério da Saúde quer que, até 2019, todo o território nacional tenha a obrigatoriedde para a vacinação contra a doença. "A ampliação é preventiva e tem como objetivo antecipar a proteção contra a doença para toda população, em caso de um aumento na área de circulação do vírus", explica a pasta.

As autoridades sanitárias admitem um aumento no número de adoecimento pela febre amarela. A maior parcela dos casos acontece no verão. O surto atual atingiu 35,9 milhões de pessoas. Na sazonalidade passada, por exemplo, uma população de 10 milhões de pessoas foram atingidas.

Os sintomas da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. A manifestação mais grave do mal compromete fígado e rins, provoca icterícia (olhos e peles amarelados), sangramentos e queda de pressão arterial.

As fêmeas dos mosquitos Haemagogus e Sabethes são as transmissoras na área rural. Na cidade, o aedes aegypti (o mesmo da dengue, da zika e da chicungunha) é o vetor.

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