Cidades

DF registra o primeiro caso de H1N1 em 2018; criança adoeceu em março

No ano passado, Secretaria de Saúde não registrou casos da doença. Em Goiás, 44 pessoas adoeceram este ano

Otávio Augusto
postado em 09/04/2018 18:27
A previsão é que o DF receba 777 mil doses da vacina para a campanha deste ano
A Secretaria de Saúde registou o primeiro caso de gripe H1N1 na capital federal em 2018. Uma criança, que não teve o nome e a idade divulgados, chegou a ficar internada e se curou. A pasta não detalhou onde a infecção ocorreu.

Em 2017, nenhum morador do DF teve a doença. Contudo, em 2016, foram registrados 133 casos e 17 mortes. O caso de 2018 foi registrado no final de março, mas o só foi confirmado pelo Correio nesta segunda-feira (9/4).

A campanha de vacinação no DF deve começar em 23 de abril. A previsão é de que a Secretaria de Saúde receba do Ministério da Saúde 777 mil doses. O primeiro lote, aquele que será utilizado no início da ação, deve contar com 280 mil doses.

Em Goiás, 44 pessoas adoeceram e seis pessoas morreram com a doença em três municípios. Hoje, um recém-nascido de três meses morreu com a suspeita da infecção em Goiânia. Lá, a campanha deve ser antecipada.

A diretora da Vigilância Epidemiológica do DF, Maria Beatriz Ruy, explica que não há motivo para pânico. ;Estamos monitorando os casos de gripe desde o início do ano. O mais importante são as medidas de prevenção, como lavagem de mãos e cuidados ao tossir e espirrar;, explica.

Para o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo de Melo Martins, especialista em doenças pulmonares, Goiás e o DF, pela proximidade, devem permanecer em sentinela para a imunização, notificação dos casos e tratamento precoce. ;Fica o alerta para entender o comportamento do vírus. Ele está estabelecido em Goiás e o motivo a gente desconhece", explica.
Devem se vacinar idosos acima de 60 anos, crianças com mais de 6 meses e menores de 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores de saúde, povos indígenas, portadores de doenças crônicas e professores da rede pública e particular.

Tira-dúvidas


O que fazer para diminuir o risco de contaminação?
A primeira coisa a ser feita é lavar as mãos, evitar tocar nariz, olhos e boca, usar lenços descartáveis para espirrar e tossir e evitar locais aglomerados.

O uso de máscaras ajuda?
Isso é para quem está doente. A máscara evita a disseminação do vírus a partir de uma pessoa que está tossindo e espirrando.

Quando procurar o médico?
O paciente que tiver sintomas de gripe e febre alta deve procurar assistência médica nas primeiras 24 horas. Os antivirais são recomendados somente nas primeiras 48 horas.

Qual a diferença da gripe comum para a H1N1?
A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Já o vírus H1N1 é responsável por epidemias sazonais. O H1N1 é uma doença respiratória dos porcos e leva a desdobramentos graves.

Há grupos de risco?
Algumas pessoas, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações. A melhor maneira se prevenir contra a influenza sazonal é se vacinar todo ano.

Fonte: Secretaria de Saúde do DF e Ministério da Saúde

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