Cidades

Servidores do Detran-DF decidem manter greve, que dura mais de um mês

Agentes pedem reajuste de auxílio-alimentação e o abono pecuniário. Segundo o sindicato da categoria, proposta do governo não contempla itens em pauta

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 17/04/2018 15:07

Após assembleia, servidores do Detran-DF decidiram manter a greve, que completa 34 dias

Em assembleia na manhã desta terça-feira (17/4), os servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) decidiram manter a manter a greve, que dura 34 dias ; os agentes estão parados desde 13 de março.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran), Fábio Medeiros, a categoria espera um posicionamento diferente do governo. "A proposta apresentada não contempla nenhum item da nossa pauta de reivindicações, portanto, prosseguiremos na greve. Agora, o próximo passo é irmos atrás dos representantes da Câmara Legislativa para conseguirmos uma intermediação com o governador", esclarece.

Representantes do Detran marcarão uma reunião com o deputado distrital Agaciel Maia (PR), líder do governo na Câmara Legislativa do DF, e o presidente da Casa, Joe Valle (PDT).

Por nota, a assessoria da Casa Civil alegou que "tem dialogado com o Sindetran, mas não é possível avançar nas negociações que tenham impacto financeiro sem uma nova fonte contínua de receitas. Isso porque o impacto da implementação do reajuste concedido na antiga gestão às 32 categorias, sem previsão orçamentária, seria de 1,2 bilhão ao ano".

Reivindicações

Segundo informações do Sindetran, os servidores reivindicam o reajuste do auxílio alimentação em 10% e o abono pecuniário (venda dos 10 dias de férias). A categoria retirou da pauta a redução da jornada de trabalho para 30 horas.

Desde o início da greve, nenhuma das 16 unidades do Detran no DF estão funcionando. Diariamente, cerca de 10 mil pessoas deixam de ser atendidas e 1,6 mil vistorias não são feitas.

No dia anterior à greve, a Justiça, por meio do desembargador da 2; Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Arnoldo Camanho de Assis, determinou que 80% dos agentes prosseguissem com as atividades. A Corte determinará se a greve é abusiva e ilegal.

O sindicato entrou com uma liminar para revogar a decisão do TJDFT e, atualmente, está trabalhando com 30% do efetivo ; que está atendendo apenas acidentes de trânsito que envolvem vítimas mortas.

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