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O engenheiro agrônomo Luiz Thadeu Nunes de Silva, 59 anos, há nove anos vive com o objetivo de dar a volta ao mundo. Ele já percorreu 121 países, entre eles a Índia, a China, a Rússia, os Estados Unidos e o Camboja. Até o fim do ano, pretende expandir os horizontes e completar 130 nações ; segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente existem 193 países independentes.
O sonho de rodar o mundo surgiu após Luiz sofrer um acidente de carro em julho de 2003. O engenheiro estava em um táxi, quando o motorista atendeu uma ligação. No trajeto, ele perdeu o controle do veículo e bateu de frente com uma carreta. O condutor não se feriu, contudo, o engenheiro teve uma fratura externa no fêmur que lhe rendeu quatro anos em cima de uma cama em hospitais do Maranhão, do Rio Grande do Norte e de São Paulo. Durante todo o processo de recuperação, ele teve de passar por 43 procedimentos cirúrgicos. Até hoje, ele necessita do auxílio de uma muleta para andar.
"Eu peguei uma infecção óssea e, como a essa parte do corpo é a menos vascularizada, não chega antibiótico. Por isso, os médicos faziam raspagem do osso. Quando consegui sair da cadeira de rodas e voltar a andar com ajuda de muletas, coloquei em prática o meu sonho de dar a volta ao mundo", relata Luiz Thadeu. O primeiro destino, em 2009, englobou Irlanda, França, Inglaterra, Espanha, Bélgica e Marrocos.
Para se comunicar, Luiz usa o espanhol. Ele até tentou aprender inglês, todavia, não conseguiu aprender o idioma. Mesmo assim, o maranhense, que tem uma empresa de projetos agrícolas, não deixou se intimidar e visitou os Estados Unidos, tendo passado por locais como Nova Iorque e pelo estado do Alasca.
Em todas as viagens, o engenheiro segue uma rota para não ter problema na hora de seguir viagem. Ele deixa todos os preparativos prontos, como as passagem de ida e volta, hospedagem, guia turístico e o seguro de viagem. "Quando desembargo, sempre tem uma pessoa que está me esperando. Mas para me comunicar, uso um aplicativo de celular que me ajuda na tradução. Não deixo nada impedir meu objetivo de visitar todos os países do mundo", explica.
Ao voltar de cada local, Luiz traz uma lembrança. A coleção de canecas chega a 600 unidades. As favoritas são a do Museu do Prado, em Madri (Espanha), e a do Museu Hermitage, que fica em São Petersburgo (Rússia).
Em maio deste ano, a coleção poderá crescer. Luiz comprou passagem para Cabo Verde, na África. Do local, ele sobe para a Europa, com paradas na França e Portugal. As passagens para a tour de 17 dias saíram por R$ 1480. "O segredo para pagar barato é a informação, é se organizar, procurar sites de passagens mais baratas e buscar hospedagens alternativas, como hostels ou hotéis com diárias que valem a pena", propõe Luiz. E quando conquistar as 139 nações? Provavelmente ele voltará aos lugares que mais gostou.