Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 26/04/2018 08:48
Anunciada há cerca de duas semanas, as obras para a instalação do Hospital Sírio-Libanês Brasília começam nesta quinta-feira (26/4). Na cerimônia, prevista para as 15h, será lançada a pedra fundamental da unidade de saúde, que marcará o início do projeto. O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, autoridades do DF e representantes da instituição médica estarão presentes.
Referência no país em atendimento médico de qualidade, O Sírio-Libanês inicia um dos passos mais importantes de sua história. A previsão é de que a nova unidade do grupo comece a funcionar a partir de novembro. Os investimentos chegam a R$ 260 milhões e a expectativa é de que mais de 500 empregos sejam gerados.
É o primeiro hospital completo do Sírio fora de São Paulo e o maior investimento da rede em muito tempo. Segundo o médico Gustavo Fernandes, diretor-geral da nova unidade, a escolha dele em chefiar a operação brasiliense expõe a preocupação do Sírio em preservar seus padrões de qualidade. Fernandes foi presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e é um dos grandes especialistas brasileiros nessa área.
O novo hospital vai contar com mais de 30 mil metros quadrados, 144 leitos, sendo 31 de Unidades de Terapia Intensivas (UTI), seis salas de cirurgia e uma de pronto atendimento. O local escolhido para a unidade de saúde é um edifício que já possui estrutura e fachada construídas para abrigar as instalações.
A unidade também terá um centro de diagnósticos para análises clínicas de imagem. Os centros cirúrgicos terão aparelhos para cirurgias robóticas e ressonâncias intra-operatórias, com tecnologia capaz de dar melhores diagnósticos.
Brasília foi a primeira cidade a receber uma unidade do Sírio-Libanês, em 2011, com a inauguração do Centro de Oncologia, localizado na Asa Sul. Hoje, o local realiza mais de 2,7 mil atendimentos por mês. Em 2014, a instituição inaugurou outro Centro de Oncologia, no Lago Sul. Essa unidade tem a média de 1,1 mil atendimentos mensais. Além desses centros, em 2016, a capital recebeu o Centro de Diagnósticos, também localizado na Asa Sul, que realiza mais de 6 mil exames por mês.
Embora a decisão de fincar bandeira em Brasília tenha sido tomada há pelo menos dois anos, o hospital começou a sair do papel em meados de 2017. As obras de adaptação do edifício ficaram a cargo da construtora Engeform, que tem a área hospitalar como uma de suas especialidades.
Estruturas superiores
Para não correr o risco de errar, o novo Sírio terá em Brasília equipamentos iguais ou até superiores aos de São Paulo. Segundo o diretor-geral Gustavo Fernandes, os centros cirúrgicos contarão com equipamentos para cirurgias robóticas e ressonância intraoperatória, tecnologia capaz de determinar, em exames de imagem, a real extensão de um tumor durante a operação.
Além de oncologia e hematologia, a nova unidade vai oferecer atendimento nas áreas de cardiologia, ortopedia e neurologia, entre outras especialidades. Além dos tratamentos já oferecidos para a rede particular, a unidade de Brasília deve ampliar também projetos sociais.
Com informações de Amauri Segalla