Augusto Fernandes
postado em 04/05/2018 18:05
A Polícia Civil do DF (PCDF) prendeu, nesta sexta-feira (4/5), Karine Simino, 23 anos, e Higor Bezerra, 29, acusados de praticar golpes em redes sociais com a venda falsa de bolsas, sapatilhas e celulares de luxo. A mulher, responsável pelas negociações, buscava fotos dos produtos na internet e enganava as vítimas com a promessa de que as mercadorias eram originais.
Os principais artigos comercializados eram bolsas. Karine as colocava à venda no Instagram. Por meio de mensagens no WhatsApp, negociava a transferência do valor referente ao objeto, mas nunca enviava as mercadorias, segundo afirma o delegado-chefe da 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado.
[SAIBAMAIS]Desde 2014, Karine responde a nove inquéritos policiais por estelionato. Quatro deles estão sob responsabilidade da 13; DP. ;Ela sempre usou as redes sociais para cometer o delito e já havia sido presa por conta disso, mas conseguiu ser liberada provisoriamente;, acrescentou Maldonado.
Além do casal, oito pessoas serão indiciadas. ;Elas emprestavam contas bancárias e celulares para a Karine cometer o delito;, explicou o delegado. Não havia mandado de prisão expedido contra Higor, mas foi ele detido porque os policiais encontraram um revólver calibre 38 na casa em que o suspeito mora. ;Os dois ficarão presos preventivamente até o fim do processo. Com os outros integrantes, eles responderão por estelionato e formação quadrilha. O Higor, em especial, também será autuado por posse ilegal de arma de fogo. Eles podem pegar de dois a oito anos de reclusão;, disse Maldonado.
Até o momento, as investigações da delegacia constataram que a quadrilha fez 14 vítimas e arrecadou R$ 23 mil. São pessoas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará e do próprio Distrito Federal. Contudo, o número pode ser maior.
;A Karine criava vários perfis falsos. À medida que um perdia a credibilidade, ela o excluía e fazia outro. Nós apreendemos o seu celular e os dos integrantes da quadrilha, além de notebooks, computadores e cadernetas, para procurar as conversas que ela mantinha com as vítimas e saber quantos foram afetados;, relatou o delegado.