Cidades

Maioria das vítimas de estupro no DF são mulheres entre 10 e 19 anos

De acordo com balanço da segurança pública, o número de registros de estupro caiu pelo segundo mês consecutivo, na comparação com o mesmo período de 2017

Isa Stacciarini
postado em 07/05/2018 18:33
Os dados criminais do DF foram apresentados em coletiva na tarde desta segunda-feira (7/5)
Enquanto o ano de 2017 encerrou com alta de 32,4% nos casos de estupros registrados no DF, abril de 2018 apresentou baixa de 45,8% nos crimes consumados. O mês passado registrou 39 abusos em todo Distrito Federal, enquanto que no, mesmo período de 2017, houve 72 episódios. Em 86% dos casos as vítimas eram mulheres e a faixa etária que mais está vulnerável é entre 10 a 19 anos.

No acumulado de janeiro a abril também houve diminuição. A redução foi de 17,9%. Passou de 235 casos no primeiro quadrimestre de 2017 para 193 no período de 2018.


Caem números de homicídios

Depois de o Distrito Federal , projeções indicam que a taxa de mortalidade em 2018 pode ser ainda menor. Os números calculados com base em ocorrências criminais apontam que o ano pode terminar com 14,5 casos de homicídios para cada grupo de 100 mil moradores. Em 2017, a taxa ficou em 16,3. Proporcionalmente ao número de habitantes, a quantidade pode voltar a ser a menor em quase três décadas.

Em 2016, o DF aparecia no sexto lugar do ranking nacional das unidades federativas que menos registravam ocorrências de homicídio doloso (quando há intenção de matar). Segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em 2017, a capital tinha uma taxa de 20,3 casos de assassinatos para cada 100 mil habitantes. Segundo o secretário de segurança pública do DF, Cristiano Sampaio, as quedas podem colocar a unidade federativa na terceira posição dos locais que menos registram mortes violentas.

[SAIBAMAIS]Mas, entre janeiro de 2015 a abril de 2018, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal garantiu que 574 vidas foram preservadas. As projeções foram apresentadas na tarde desta segunda-feira (7/5), durante o balanço da segurança pública referente a abril. No mês passado, 38 pessoas morreram assassinadas no DF, a mesma quantidade registrada em abril de 2017. As ocorrências de latrocínio (roubo com morte) também se mantiveram com dois casos.

No acumulado de janeiro a abril, os homicídios passaram de 179 em 2017 para 159 em 2018, uma redução de 11,2%. As ocorrências de latrocínio também reduziram de 12 para 9 ocorrências.

As tentativas de homicídio, porém, tiveram um leve aumento de dois registros: 76 em abril de 2017 e 78 em abril de 2018. Crescimento de 2,6%. Já as tentativas de latrocínio seguiram a tendência de redução. Enquanto houve 18 ocorrências desse tipo em 2017, no mês passado foram 10.

Crimes contra o patrimônio

Os registros de queda também se mantiveram em relação aos crimes contra o patrimônio. Todas as ocorrências de roubo a pedestres, roubo de veículos, assalto em ônibus e em comércio, roubo em residência e furto em veículos diminuíram ao menos 5,1%. Os que mais diminuíram foram os episódios de roubo em casas, que passaram de 316 ocorrências para 203: uma diminuição de 35,8%.

Depois aparecem os assaltos em ônibus. Em abril de 2018 houve 658 casos, enquanto que, no mesmo período do ano passado, foram 982, uma diminuição de 33%, seguido de roubo de veículo que caiu de 1.796 casos em 2017 para 1.423 em 2018.

Mais mortes no trânsito

O número de vidas perdidas no asfalto do DF aumentou em abril, se comparado com o mesmo mês de 2017. Em abril de 2018, 34 pessoas morreram no trânsito da capital. No ano passado os órgãos de trânsito registraram 19 óbitos: um crescimento de 79%. Até 2020, Brasília precisará cumprir a meta da Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir, pela metade, o número de vítimas no asfalto no período de uma década: de 2011 a 2020. Os acidentes de trânsito resultaram no atendimento de 3.038 chamados pelo Corpo de Bombeiros.

Em abril, agentes do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) fizeram 87 operações de fiscalização e registraram 135 flagrantes de alcoolemia. Ao todo, 627 motoristas acabaram multados por dirigirem embriagados. A partir de 0,3 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões é considerado crime.
O diretor geral do Detran, Silvain Fonseca, informou que 120 agentes se aposentaram do fim do ano passado até agora, o que refletiu em 50 carros do órgão a menos nas ruas para fiscalização. Ele ressaltou que a longo prazo uma solução seriam novos concursos. "De toda forma, já estamos fazendo o remanejamento de escalas dentro do órgão", afirmou.

Ele creditou o aumento do número de mortes ao crescimento de acidentes nesse período, em razão da chuva e dos impactos das batidas. "Estamos trabalhando para reverter essa situação com planejamentos, estratégias e ações para reduzir as mortes no trânsito", destacou.

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