Cidades

Mistério: "Meteoro" cai na Universidade de Brasília

Um objeto, aparentemente uma pedra, está equilibrada em cima de um cabo de energia entre dois postes. Várias teorias surgiram para explicar o cenário, que está isolado por uma fita amarela como se fosse uma cena de crime

Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 09/05/2018 11:20
O objeto está localizado próximo à Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), no Campus Universitário Darcy Ribeiro
Alunos e funcionários da Universidade de Brasília (UnB) tiveram uma surpresa ao chegar na instituição na manhã desta quarta-feira (9/5). Um objeto, aparentemente uma pedra, está equilibrada em cima de um cabo de energia entre dois postes. Várias teorias surgiram para tentar desvendar o mistério. Alguns pensavam que a rocha estava segurando a estrutura. Outros, acreditavam que o material tinha caído do céu e ficado suspenso pelos cabos, como se fosse um meteoro.

A pedra apareceu próximo à Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), no Campus Universitário Darcy Ribeiro. E trata-se, na verdade, de uma intervenção artística da aluna do Instituto de Artes (Ida) da UnB, Marilu Cerqueira. O professor orientador do projeto, Miguel Simão da Costa, do departamento de artes visuais, explica que o objeto é fruto de uma disciplina ministrada por ele. "Pode ser uma pedra ou um monte de carne. Ninguém sabe se ela caiu ou está sendo arremessada. É um paradoxo", afirma.
Algumas pessoas pensavam que a rocha estava segurando a estrutura. Outros, acreditavam que o material tinha caído do céu e ficado suspenso pelos cabos, como se fosse um meteoro
O professor esclarece que a ideia da obra é brincar com as interpretações. "Os postes são divergentes, para ser real, eles deveriam ser convergentes, são metáforas", aponta. Miguel conta que foram mais de oito meses até a implementação da obra e que ela ainda não está concluída. "Técnicos que trabalham com isso na cidade foram responsáveis pela instalação. Os cabos e o poste são de verdade", comenta.

A ideia do projeto também é brincar com a realidade. "Queríamos fazer uma metáfora com a vida nacional, pelas inconstâncias. Mas, acabam surgindo diversas metáforas e até essas brincadeiras com ETs", se diverte.
Para Marilu, idealizadora do projeto, o incomodo causado pelo projeto é satisfatório. "Recebi diversas pessoas questionando sobre o que seria a obra, se era um teste de força ou algo do tipo", comenta. Ela ressalta que a intervenção também representa uma representação do corpo, que pode ser interpretada como uma ferramenta, onde os fios se defendem do ataque.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação