Cidades

GDF apresenta para Iphan novo projeto de viaduto no Eixão Sul

A autarquia deu parecer contrário à primeira proposta enviada

Flávia Maia
postado em 10/05/2018 19:16
Viaduto desabou em fevereiro e, desde então, a área está interditada

O governo do Distrito Federal apresentou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) um novo projeto de reconstrução do viaduto no Eixão Sul, que desabou no último dia 6 de fevereiro. A segunda proposta foi exposta durante uma reunião ocorrida na tarde desta quinta-feira (10/5) na sede da autarquia, em Brasília, e visou atender os ajustes solicitados pelo instituto. O GDF vai entregar o documento formal de reconsideração do projeto até 15 de maio e o Iphan terá mais 15 dias para analisar a nova versão.

O GDF está correndo contra o tempo para aprovar o projeto e começar o processo licitatório. A ideia do Executivo é a de tentar seguir o cronograma inicial, que é a concorrência ainda em maio e a entrega da obra em setembro deste ano. Na última segunda-feira, o parecer contrário do Iphan ao projeto apresentado para a reconstrução do viaduto colocou em risco o prazo previsto pelo governo.

A proposta primeiramente apresentada alterava fortemente a arquitetura original e comprometia a integridade arquitetônica e urbanística, de acordo com o Iphan. Entretanto, o GDF bateu o pé que não poderia aceitar o modelo sugerido pelo instituto - que é a reconstrução como a de 1958 - por questões de segurança, uma vez que a carga de peso atual é maior do que na época da construção do viaduto.

O consenso é essencial para manter as obras do viaduto porque existe uma portaria do Iphan que determina o parecer favorável do órgão para obras dentro da área tombada. O principal entrave é a largura dos pilares. Para aguentar uma carga maior, os engenheiros a serviço do GDF alargaram as estruturas e diminuíram a extensão da alça de sustentação. Ainda na tarde de ontem (9/5), Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil do DF, já tinha dados sinais que o governo poderia ceder em partes. O projeto do GDF deve custar cerca de R$ 15 milhões.

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