Duas pessoas se passando por funcionários do Ministério da Saúde batem à porta de uma casa e solicitam a entrada para uma ;vistoria; de combate ao mosquito da dengue. O que parece uma prestação de serviço público foi, na verdade, um assalto. Isso aconteceu nesta quarta-feira (16/5), em uma residência na QI 5, conjunto 20 do Lago Sul.
Um funcionário do imóvel permitiu a entrada dos homens e os acompanhou até o fundo da casa. Eles fingiram fazer uma análise do ambiente e, antes de sair da casa, anunciaram o roubo. Neste momento, outros dois comparsas entraram para participar da ação criminosa.
Na casa estavam um casal de idosos e três funcionários. De acordo com a denúncia, os suspeitos exigiram a entrada no imóvel e amarraram dois funcionários com cadarços e uma camisa. Uma enfermeira e a idosa foram trancadas no banheiro, enquanto o idoso, de 93 anos, ficou na sala.
Um dos assaltantes, armado, ficou com as vítimas enquanto outro vasculhava a casa e outros dois davam assistência. De acordo com a Polícia Militar, antes de deixar o imóvel, os assaltantes descobriram que o idoso era um militar aposentado e começaram a procurar por armas. No entanto, não havia revólveres dentro da casa. O idoso chegou a ser agredido e jogado no chão, sofrendo um corte na cabeça.
Os homens fugiram no carro das vítimas, um Saburu Impreza, levando várias televisões, relógios, dinheiro em dólar e real. Após a saída, os funcionários acionaram a polícia. O idoso foi socorrido pelos bombeiros e levado ao Hospital da Base Aérea por familiares.
Os quatro autores ainda não foram localizados e caso está em apuração na 10; DP (Lago Sul).
Mais casos no Lago Sul
Em fevereiro, um caso semelhante aconteceu na região. O alvo foi uma casa na QI 21 do Lago Sul. De acordo com a Polícia Civil, três criminosos teriam chegado ao local utilizando um Hyundai HB 20 branco. Dois deles arrombaram o portão principal e invadiram a casa, enquanto o outro esperava no carro. Ao entrar no domicílio, a dupla ameaçou as vítimas com um revólver. Os assaltantes levaram celulares, duas televisões, uma arma de fogo do proprietário da residência e outros aparelhos eletrônicos. Quando saíram, os funcionários pediram socorro à PM.
Apesar das ocorrências, o número de roubos a residências no Lago Sul diminuiu em relação ao ano passado. Segundo dados da PM, foram três casos este ano contra dez em 2017. No total, de janeiro a abril, o DF registrou 203 roubos nas casas, número 35,8% menor do que o mesmo período do ano passado, que somou 316 casos.