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Descoberto alcança 93% de volume útil, maior índice desde maio de 2016

Chuvas desse sábado (19/5) fizeram os níveis dos dois maiores reservatórios do Distrito Federal alcançarem números positivos. Há dois anos os brasilienses não tinham tanta água disponível

Anderson Costolli
postado em 20/05/2018 12:48
Barragem do Descoberto
As chuvas desse sábado fizeram os reservatórios do Descoberto e de Santa Maria alcançarem novos e altos índices de abastecimento. Aos 93% do volume útil, o primeiro, de acordo com as medições da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), tornou a elevar o nível de água no reservatório. A novidade deixa os brasilienses em uma situação mais confortável, a poucos dias do fim do racionamento, que já faz parte da rotina de moradores e comerciantes do DF há quase um ano e meio.

A barragem do Descoberto chegou a ficar praticamente seca, com 5,3% de volume, em 7 de novembro do ano passado. A última vez que o reservatório esteve tão cheio foi há dois anos, em maio de 2016. O reservatório de Santa Maria, segundo maior responsável por abastecer casas e estabelecimentos comerciais do DF, também registrou alta e começa a semana com 58,6% do total. A última vez que esteve tão cheio foi em agosto de 2016. O fim do racionamento já foi anunciado pelo governo de Brasília e deve acontecer em 15 de junho.

Apesar da boa notícia, as autoridades locais frisam que o período de seca já está começando, e que esses devem ser os últimos dias de precipitações no DF e Entorno, ou seja, não há motivos para se descuidar na economia diária de água potável.
Neste domingo (20/5), o governador comemorou o alcance dos 93% da barragem do Descoberto. O chefe do Executivo local exaltou a colaboração da população, que se reeducou ao longo do período de estiagem, economizando e aprendendo, de forma consciente e sustentável, a utilizar a água disponível. "É uma alegria ter uma chuva forte como essas já no final do mês de maio. Choveu 58 milímetros em Brazlândia", disse o governador ao Correio. Rollemberg exaltou, também, as obras feitas pelo governo de Brasília, especialmente as que permitiram a captação de água no Lago Paranoá e no córrego do Bananal. "Além dessas, as obras de transposição que permitem que, hoje, cidades antes abatecidas pelo Descoberto, recebam 550 litros de água por segundo, aliviando a barragem do Descoberto", disse.
O fim do racionamento foi anunciado um ano e quatro meses após o início de uma crise hídrica histórica no Distrito Federal, no último dia 3. "Por todos esses motivos, estou certo de que, a partir do dia 15 de junho, poderemos interromper o racionamento com total segurança e chegaremos no momento mais baixo da barragem, no próximo período, acima dos 20%, que é a reserva técnica adequada para este caso", finalizou Rollemberg.
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Os novos hábitos, como definiu o governador, surtiram efeito. O consumo de água na capital federal caiu 12% em 2017, se comparado ao ano anterior. Antes do esquema imposto pelo Executivo, diante da maior seca da história de Brasília, a média de uso de água era de 147 litros diários por pessoa. Esse valor caiu para 129. Apesar de ser um bom sinal de conscientização, o número ainda é superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): 110 litros de água por pessoa/dia.
Na série de reportagens , publicada entre 16 a 20 de dezembro de 2017, o Correio mostrou o impacto do rodízio de abastecimento na população da capital federal.
Para este domingo, O Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) prevê chuva, porém em uma intesidade menor que a registrada no sábado. "A previsão é de chuva mais fraca do que a ontem (19/5). A precipitação também não será generalizada, ela deve acontecer em áreas isoladas. Para o dia, o casaco não deve faltar, pois será um domingo frio", afirma o meteorologista Mamedes Luiz Melo.
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