A mulher de 38 anos que tentou jogar a filha de 3 do viaduto da Rodoviária do Plano Piloto ficará presa preventivamente. A decisão é do juiz do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC), Aragonê Nunes Fernandes. Durante a audiência, que ocorreu na manhã desta terça-feira (22/5), o magistrado entendeu que o ato praticado pela mãe foi de "gravidade concreta". A criança está sob os cuidados da avó.
Na decisão, porém, o juiz identificou que a autuada apresenta distúrbios psíquicos, dependência de álcool e de remédios de uso controlado. Mesmo assim, ele decidiu manter a mulher presa, porque ela voltaria para casa onde moram outras filhas, inclusive a vítima.
Ele entendeu que, "embora seja uma medida extrema, ao menos neste momento, me apresenta como a providência mais indicada para resguardar a integridade das vítimas e meio capaz de retirá-la do álcool e das drogas". "O princípio da prioridade absoluta e a proteção integral devem colocar a salvo as filhas menores", continuou na decisão.
A decisão do juiz é contrária ao que sugeriu o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Um dos promotores sugeriu que fosse concedida liberdade provisória, mas que a autuada cumprisse algumas medidas cautelares, como informar o endereço onde seria encontrada, ser proibida de manter contato com as duas filhas pequenas, além da obrigação de frequentar tratamento psicológico e psiquátrico.