Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 23/05/2018 11:38
Na Escola Classe 56, nesta quarta-feira (23/5), os portões estão fechados e o silêncio impera. Na entrada, a explicação: "Luto, Maria Eduarda", lê-se, ao lado de uma foto da menina morta na segunda-feira com um tiro na cabeça.
Maria Eduarda Rodrigues de Amorim, 5 anos, mais uma vítima da guerra entre gangues que assusta moradores da Ceilândia e de todo o DF, estudava no colégio, no período da tarde. A suspensão das atividades foi decidida para que professores, funcionários e colegas possam comparecer ao velório, às 14h30, no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga.
Os poucos funcionários que estão na instituição se mostram abatidos. Não há clima para conversas alegres. Segundo a diretora, Marlene de Oliveira, as aulas para os colegas de sala de Maria Eduarda foram suspensas também na terça-feira (22/5). "Ontem, todos estavam em um clima muito ruim pelo que aconteceu. Por isso, achamos melhor que eles não viessem, pois eram todos muito apegados", disse.
Na quinta-feira, as atividades voltam ao normal. "Só então sabemos como as crianças estão reagindo à morte da Maria. Mas preparamos uma aula especial, com atendimento psicológico para ajudá-los a entender o que aconteceu", explicou.
[FOTO1164320]