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Motociclistas fecham a EPTG em protesto contra alta de combustível

Aproximadamente 80 motociclistas fecharam as três faixas da EPTG no início da manhã. Eles protestam contra o preço da gasolina, que chega a ser vendida por R$ 9,99

Hellen Leite, Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 24/05/2018 08:45
Aproximadamente 80 motociclistas fecharam as três faixas da EPTG no início da manhã. Eles protestam contra o preço da gasolina, que chega a ser vendida por R$ 9,99
Um grupo de 80 motociclistas fechou a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), uma das principais vias do DF, na manhã desta quinta-feira (24/5). Eles protestam contra o preço da gasolina, que chegou a R$ 9,99 em alguns postos de combustível.

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A manifestação começou por volta das 6h, na altura da Unieuro, e interditou três faixas da via, inclusive a faixa exclusiva para ônibus. O engarrafamento no local chegou a 5km, segundo a Polícia Militar, e impactou outras vias, especialmente no centro de Taguatinga.

Por volta das 7h, os manifestantes concordaram em desbloquear a faixa exclusiva, que serviu de desvio para os motoristas passarem pelo local do protesto. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o comboio foi desfeito às 8h. De lá, os motociclistas seguiram para a base da Petrobras Distribuidora, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
Com o caos gerado no trânsito, o DER chegou a liberar o uso da faixa exclusiva na EPTG por carros de passeio. Pouco depois das 11h, o órgão comunicou que o trânsito voltaria a ser exclusivo nessa via depois do meio-dia.

Motoboys protestam em frente a Petrobras, no SIA

[SAIBAMAIS]Os impactos da greve dos caminhoneiros e o fechamento da EPTG afetaram o centro de Taguatinga e as avenidas Samdu Sul e Comercial Norte. Na avenida Elmo Serejo, o trânsito está engarrafado e quem tenta chegar ao Plano Piloto demora, em média, uma hora e meia.
Em um posto da avenida Comercial Sul, próximo ao colégio Marista, a gasolina está em promoção. Por isso, muitos motoristas pegam uma fila que chega no fim do centro de Taguatinga. A moradora de Ceilândia Jaqueline Carvalho, 27 anos, esperava para encher o tanque havia cerca de 30 minutos.

Para ela, o valor é uma oportunidade de economizar e não ficar sem combustível, uma vez que a gasolina já está em falta em alguns postos de Brasília. "Em todo lugar, o preço da gasolina e dos outros combustíveis está um absurdo. Não é à toa que os caminhoneiros estão em greve. Para mim, a manifestação é justa, porque os valores também nos afetam", diz.

Após o balão de Águas Claras, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), outra fila para abastecer ganha a pista e causa engarrafamento na rodovia.

Fiscalização de preços

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, determinou que o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-DF) fiscalize e multe os postos de combustíveis que estão praticando preço abusivo. A fiscalização vale a partir das 8h.

Em meio à greve nacional dos caminhoneiros, que já dura três dias e comprometeu o abastecimento em toda a capital, postos de Planaltina e de Águas Claras reajustaram o preço da gasolina. O valor saltou para exorbitantes R$ 9,99 por litro.

No Distrito Federal, de acordo com levantamento feito pelo Correio, o consumidor que quiser abastecer por preço mais em conta tem que se deslocar até a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), onde o combustível pode ser encontrado por R$ 4,39. Na terça-feira, era possível comprar gasolina por R$ 4,29 o litro ; R$ 0,10 a menos que no dia anterior.

Em alguns estabelecimentos, porém, o derivado de petróleo já está em falta. É o caso do posto Smaff, na 916 Norte. E, para quem pretende abastecer com etanol, a notícia é desanimadora: em diversos revendedores também não há mais estoques de álcool.

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