Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 29/05/2018 15:48
Apenas duas escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal não retomaram as aulas nesta terça-feira (29/5). Segundo a Secretaria de Educação, o Centro de Ensino Médio 1, no Gama, e o Centro Educacional 2, em Brazlândia, não abriram. As direções de cada uma das unidades de ensino precisarão enviar justificativa para não terem cumprido a portaria do calendário e escolar e poderão responder administrativamente.
Todas as regionais de ensino receberão denúncias de escolas que não estiverem funcionando e vão fiscalizar as reposições. De acordo com a pasta, os dias sem aulas - suspensas devido à crise de abastecimento causada pela greve de caminhoneiros - deverão ser repostos antes do recesso de julho.
Para o estudante Guilherme Santos, 15, a volta às aulas não trouxe grandes impactos, pois ele mora próximo à escola, o Centro Educacional 9 de Taguatinga Sul. ;Como não dependo de ônibus, não houve dificuldades para mim. Consegui chegar na hora certa, mas há outros colegas que não têm a mesma sorte;, relata o estudante do 9; ano.
O estudante do 8; ano Gustavo dos Santos Chagas, já não teve a mesma sorte e perdeu o primeiro horário na mesma escola, que inicia às 7h15. ;Por conta da greve, nem todos os ônibus estão passando conforme a grade comum e, por isso, eu me atrasei. Com certeza foi mais difícil vir à escola hoje;, disse.
A suspensão das aulas se estendeu por dois dias, na última sexta-feira (25) e na segunda (28). Com a retomada do abastecimento de postos de combustível, graças a escoltas feitas pela Polícia Militar, o gabinete de acompanhamento criado pelo GDF para acompanhar a crise nacional decidiu que pelo retorno das aulas na rede pública. A orientação, agora, é para que todas as escolas voltem a funcionar.
Suspensão e flexibilização de atividades
Durante o período mais crítico do abastecimento, escolas particulares também suspenderam ou flexibilizaram as atividades. Instituições de ensino superior como Iesb e a Universidade Católica de Brasília (UCB) suspenderam as aulas. Na Universidade de Brasília (UnB), a orientação é de continuar flexibilizando as atividades, para que estudantes que moram em cidades do Entorno, por exemplo, ainda com situação de abastecimento crítica, não fiquem prejudicados.