Cidades

Polícia investigará suposto assalto que acabou com PM baleado em Ceilândia

Para a corporação, é muito cedo para tratar o caso como o roubo. Na cena do crime foram encontradas mais de 10 cápsulas de projéteis

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 06/06/2018 18:33
O caso ocorreu por volta das 6h desta quarta-feira (6/6), em Ceilândia
Agentes da 15; Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) vão investigar as circustâncias do suposto assalto a um policial militar na manhã desta quarta-feira (6/6), na QNM 2, que acabou com uma pessoa morta. De acordo com a corporação, apenas a arma do sargento Paulo Roberto Figueiredo, um revólver .40, foi encontrada na cena do crime. O servidor também ficou ferido com um tiro no fêmur e passou por cirurgia. Até o início da tarde desta quarta-feira (6), o sargento não corria risco de vida.
O delegado André Luis da Costa, chefe da 15; DP, explica que evidências colhidas no local do assassinato abrem o leque de investigação da corporação. "O veículo estava com três portas abertas, o que pode indicar que o policial não estava sozinho. Além disso, havia bebida alcoólica no carro. Foi um caso que ocorreu muito cedo, ainda por volta das 6h e, por isso, precisaremos de muita cautela", delimita.
O jovem morto é Rafael Barbosa dos Santos, 32, que não tinha antecedentes criminais. Não havia uma arma de fogo com o homem. Próximo ao corpo, policiais encontraram uma mochila com um uniforme de trabalho ; o nome do estabelecimento não foi divulgado. A Polícia Civil não confirmou que o objeto seria de Rafael.
"Quando nos deparamos com o corpo, pudemos perceber que ele levou, pelo menos, cinco tiros. Um teria sido disparado nas costas, outros, possivelmente de uma distância mínima. Todos os disparos ocorreram fora do veículo. Agora, somente a perícia vai comprovar se a bala que atingiu o militar é de uma segunda arma ou não", enfatiza André.
Na cena do crime foram colhidas pelo menos 10 cápsulas. Os tiros atingiram Rafael, o chão e também a marquise de um estabelecimento local. Até o momento, o sargento Paulo não prestou depoimento por conta do estado de saúde. Ele será ouvido após a recuperação. "Após as oitivas, vamos esperar os laudos saírem para compararmos com o que o policial nos disser, para podermos elucidar o que de fato ocorreu", finaliza o delegado.

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