Jornal Correio Braziliense

Cidades

Como as empresas podem se preparar para a transformação digital

Evento na Ei! Comunidade de Aprendizagem para Empreendedores traz dicas e reflexões para empresários, executivos e investidores


Sua empresa está preparada para a transformação digital? Esse foi o tema do evento realizado na sexta-feira pela Cotidiano, aceleradora de startups, no espaço da Ei! Comunidade de Aprendizagem para Empreendedores, da Fundação Assis Chateaubriand. Quem trouxe a reflexão para o encontro e compartilhou aprendizados do Vale do Silício foi o investidor Wesley Almeida, sócio da Cotidiano. Na avaliação dele, em breve todos os setores do mercado serão digitais. E as empresas líderes desses setores também devem ser digitais.

Para Wesley, o grande problema da maioria das empresas é que elas percebem a existência de novas tecnologias (que proporcionam uma melhor experiência e melhor serviço para os usuários), mas aquilo pode impactar a forma como a empresa trabalha. ;É o que a gente chama de dilema da inovação. As grandes empresas percebem a transformação digital, mas não apostam nisso. Aí uma empresa emergente se aproveita disso e toma a posição daquela outra;, observa Wesley.

E como proteger uma empresa do dilema da inovação, para que seja muito boa no que já faz hoje e não abra mão de uma inovação que está surgindo? Segundo Wesley, a resposta está em ter uma área focada em produtividade e eficiência, enquanto outra área pensa em transformação e inovação. ;A inovação hoje é aberta, não é mais fechada dentro da empresa. Não é mais aquela ideia de que a empresa tem uma área de pesquisa e desenvolvimento que tem as ideias mais brilhantes e tudo de melhor vai sair dali. Ela está dentro do contexto de mercado, as ideias dela podem favorecer a ela, podem fazer o bem para fora, como também pode aproveitar ideias de outros e trazer para dentro de casa para ganhar vantagem competitiva.;

Para ser a empresa do futuro, destaca Wesley Almeida, é preciso estar aberto à inovação e permitir que a equipe pense fora da caixa, crie e falhe. ;O fato é que executando as tarefas de hoje você não vai criar a empresa do futuro. Para ser um líder digital, você tem que se permitir fazer experimentos, falhar e aprender com isso. Esse é um ciclo de uma startup, um grupo de pessoas enxuto, barato e ágil, que faça essa interação várias vezes até achar uma oportunidade de negócio. Você tem que criar meios. E isso pode ser por parcerias, dinâmicas de empoderamento dos funcionários, aquisição de startups;, observa.

Um caminho para a inovação é o mudança de mindset dos executivos, acredita Mariana Borges, superintendente da Fundação Assis Chateaubriand. ;É fundamental terem mais contato com o universo do empreendedorismo e da inovação e se conectarem ao ecossistema empreendedor, com outras empresas, startups, pessoas que estão criando novos modelos de gestão e formas de funcionamento para que absorvam essa nova cultura;, ressalta. Mariana aproveita para convidar os empresários da cidade a conhecerem a proposta da Ei! Comunidade de Aprendizagem para Empreendedores, que realiza diversos eventos e está com inscrições abertas para um curso de 6 meses voltado para quem deseja transformar seu negócio, desenvolver uma ideia ou inovar no trabalho. Informações: www.ei.org.br.