Cidades

Às vésperas da estreia do Brasil na Copa, ambulantes fazem a festa no DF

Apesar da manhã deste sábado ter sido de fraco movimento, os vendedores não perdem a esperança e esperam lucrar com a época festiva

Vera Batista
postado em 16/06/2018 10:44
A um dia da estreia do Brasil na Copa do Mundo, ambulantes apostam nas vendas de camisetas e bandeiras do Brasil
No terceiro dia da Copa do Mundo da Rússia 2018 (16/6), os brasilienses parecem ter optador por assistir às partidas em casa. Na manhã deste sábado (16/6), alguns comerciantes do Sudoeste nem abriram as portas no horário habitual. E quem antecipou o atendimento, não recebeu o movimento que esperava. Na Asa Norte, o comérci também foi fraco. Em contrapartida, os ambulantes saíram cedo e se espalharam pela cidade, afim de lucrar com artigos do Brasil.
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Enquanto França e Austrália, e Argentina e Islândia disputavam as partidas, a vendedora Úrsula Raquel, 36 anos, saía do Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan) com destino à Avenida das Jaqueiras, no Sudoeste. No varal improvisado de Úrsula, as blusas da Seleção Brasileira custavam entre R$ 25 a R$ 70. Apesar do fraco movimento das primerias horas da manhã, ela acreditava que a clientela aumentasse no decorrer do dia.
"Esta é a segunda Copa que venho aqui no Sudoeste vender meu material. Toda vez é bem movimentado, mesmo no começo. Muitos dizem não se importar com a Copa, mas, conforme o Brasil ganha as disputas, as pessoas passam a comparar cada vez mais camisetas", afirma Úrsula.
Ursula Raquel (com a camiseta nos ombros) aposta no aumento das vendas Cerca de 2 quilômetros adiante, uma outra ambulante, que não quis ter o nome divulgado, não estava tão animada com as vendas. Estudante de fisioterapia, ela decidiu vender os artigos da Copa pela primeira vez, também no Sudoeste. Com ela, as blusas vão de R$ 30 a R$ 60 e, as bandeiras, variam de R$ 30 a R$ 50. "Não estou muito animada, acho que não dei sorte com o movimento mesmo", disse a jovem.
Na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), após a Rodoferroviária, há pelo menos 20 vendedores ao longo da pista oferecendo os produtos verde e amarelo.

Na Asa Norte, por volta das 11h30, algumas pessoas começaram a rodar de carro pela cidade em busca de artigos verde e amarelo. No início da quadra 303, Ester Núbia do Carmo, 16 anos, comemorava a saída de mais de 200 camisetas, bodys, conjuntos e bandeiras, com preços que variam de R$ 35 a R$ 55. ;Mas a réplica da camisa original da seleção brasileira custa R$ 100;, ressaltou.
Ester Núbia do Carmo estava desempregada e aceitou o bico da amiga para vender os artigos brasileiros da Copa do Mundo
Ester mora em Ceilândia, estava desempregada e aceitou o bico oferecido por uma amiga, que também montou outra "banca" de vendas, na 307 Norte. "Estou gostando dessa primeira experiência. Comecei em 27 de maio. Ainda não recebi, mas acho que já tirei mais de R$ 350", disse.
A advogada Zilmara Alencar, 45, com as filhas Juliana, 14, e Mariana, 16, encontraram o que queriam. ;Na medida em que os jogos vão começando, a gente vai aos poucos se animando e acaba torcendo", disse Zilmara. Ela levou três bodys e pagou R$ 150.
As irmãs Mariana e Juliana Alencar saíram com a mãe, Zilmara, para comprar um bodys do Brasil
;Eu só queria um body e estava difícil de encontrar. Levamos os últimos;, contou Juliana, feliz da vida. Já Mariana viu parte do jogo de França e Austrália, mas não prestou muita atenção. ;É que eu vou para um retiro espiritual e não devo acompanhar essa Copa;, justificou Mariana.
Elas não souberam do resultado dos jogos que aconteceram na manhã deste sábado, e também não arriscaram um placar para os marcados para a tarde. Mas, para a disputa Brasil x Suíça, no domingo (17/6), Juliana acredita que o Brasil ganha de 6 x 0. Zilmara acredita no 3 x 1 e Mariana, aposta que a Seleção de Tite fará dois gols e a adversária, pelo menos um.

Ruas vazias

Poucos saíram de casa essa manhã para assistir a arquirrival Argentina na partida contra a Islândia. Do Sudoeste à Asa Sul, fora alguns camelôs que tentam emplacar suas vendas, não se viu ninguém vestindo o uniforme canarinho pelas ruas. A Padaria Belini, na 113 Sul, anunciou a transmissão ao vivo da partida Brasil x Suíça, neste domingo (17/6).

Entre os clientes, apenas o operador logístico Juliano Pontes, 39 anos, e o filho Rafael, 3, usavam a camisa da Seleção Brasileira. "Na verdade, estou vestido assim porque ele pediu", diz olhando para Rafael. "Ontem na escola foi o ;dia da Seleção; e ele ganhou a camisa com o nome dele", explicou.

E a Copa? Bem, Juliano disse que está muito envolvido com o trabalho. "Aliás é o que tem acontecido nos últimos anos. Em 2014 eu estava em Florianópolis também trabalhando bastante". Em relação ao desempenho do time brasileiro, ele acha cedo para avaliar. "Vai depender do resultado do primeiro jogo", pondera.


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