Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 16/06/2018 18:30
Começa em 1; de julho o vazio sanitário de soja em Brasília. Neste período, que dura 3 meses, os produtores não cultivam o vegetal com o objetivo de impedir que o fungo que espalha a ferrugem asiática se prolifere.
O tempo do vazio sanitário é o suficiente para que o fungo morra por não haver a presença das plantas. O Phakopsora pachyrhizi só sobrevive nestas condições por até 60 dias. Para garantir que a praga seja eliminada, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural prolonga por mais 30 dias a proibição.
De acordo com a pasta, o vazio é planejado de forma a causar pouco impacto na colheita, já que a produção da soja se dá no período chuvoso, de outubro a janeiro. Cerca de 250 produtores rurais devem manter aproximadamente 70 mil hectares de plantações sem a presença da planta da soja até 30 de setembro. A multa para quem desobedecer vai de R$ 15 mil a R$ 50 mil.
De maneira excepcional e mediante autorização, a soja apenas poderá ser cultivada para pesquisas científicas e para produção de materiais genéticos.
Vazio do feijão
Outra plantação que requer a prevenção por meio do vazio sanitário é a do feijão. A ação vai de 20 de setembro até 20 de outubro.
O feijão sofre com a disseminação do vírus por meio da mosca-branca, que se alimenta e se reproduz na planta. Os 30 dias estipulados são suficientes para quebrar o ciclo reprodutivo da mosca. As equipes da Secretaria da Agricultura vão fiscalizar aproximadamente 4 mil hectares de 40 produtores.