Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 18/06/2018 19:00
O acusado de estuprar uma universitária na Asa Sul, em 20 de fevereiro, cumpria prisão domiciliar desde outubro de 2017. O homem de 36 anos foi condenado a 25 por roubo e atentado violento ao pudor (hoje considerado estupro) contra uma criança de 9 anos. Agora, responderá por roubo e estupro. Se condenado, pode pegar até 20 anos de prisão. A polícia também investiga outros dois casos de estupro tentado e consumado que teriam sido cometidos pelo mesmo suspeito.
Agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) identificaram o homem por meio da venda do celular da universitária, que havia sido roubado quando a jovem sofreu o estupro. Segundo a delegada Sandra Gomes, depois de o suspeito roubar o aparelho móvel, ele o passou para um segundo criminoso. Por fim, o celular foi vendido a uma terceira pessoa. Os dois foram indiciados por receptação.
"Essa foi uma das investigações mais complexas que tivemos. Para chegarmos até o suspeito, tivemos que trabalhar com dados de companhias e empresas de telefonia e internet. Desde abril trabalhamos para fechar esse quebra-cabeça", esclarece a delegada.
Em depoimento, o acusado não confessou o estupro da universitária. Contudo, a jovem de 23 anos reconheceu o suspeito. Antes de violentar a estudante, o homem teria cometido outros dois estupros, um consumado e outro tentado. Esses dois crimes aconteceram no Distrito Federal e no Entorno, mas a polícia ainda não finalizou os inquéritos.
"Em todos os casos, percebemos que o autor tem um modo de agir próprio. Ele aborda as vítimas pelas costas e, na maioria das vezes, as vendam, para evitar o reconhecimento", explica Sandra Gomes.