Mariana Machado
postado em 19/06/2018 06:00
No clima do Mundial, os torcedores saem às ruas em busca de camisetas nas cores da Seleção Brasileira, de adereços e, claro, de comidas e bebidas. Segundo pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 60 milhões de brasileiros devem gastar em itens relacionados à Copa. A maior parte, 87% pretendem gastar com bebidas para assistir aos jogos.
A preferência é por cerveja, refrigerante e água. E o reflexo do aumento no consumo desses itens é constatado em distribuidoras de bebidas e supermercados. Apenas no domingo, quando o Brasil enfrentou a Seleção da Suíça, as vendas triplicaram na distribuidora Potiguar, na QE 24 do Guará 2. O proprietário, Manoel de Araújo, 39 anos, diz que os clientes preferem consumir em casa. ;Nós atendemos, principalmente, o consumidor final;.
O militar Plínio Marcos, 23, foi um dos que optou por assistir ao jogo em casa. Ele reuniu 20 amigos para um churrasco. As bebidas foram compradas em um supermercado próximo. ;Gastei R$ 250 com carnes, refrigerantes e suco. Saiu em conta;,avaliou.
A procura, por bebidas em distribuidoras e supermercados, endossa levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apontou o percentual de 53,2% para famílias que preferem consumir alimentos e bebidas no próprio domicílio.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do Distrito Federal, Érico Cagali, a preferência por consumir bebidas alcoólicas em casa é um reflexo da Lei Seca. ;Muita gente acaba optando por comprar e beber no conforto do seu lar;, acredita. Segundo Cagali, 90% das bebidas em recipientes descartáveis (latinhas e garrafas long neck) são compradas em supermercados e distribuidoras.
O presidente diz estar otimista com o crescimento das vendas. ;Caso o Brasil permaneça na Copa até, pelo menos, a semifinal, esperamos um crescimento de 10 a 12%.
A pesquisa da CNC ainda aponta que o Mundial de Futebol da Rússia deve gerar para o Brasil um aumento de R$ 251,7 milhões no faturamento de atividades relacionadas à alimentação, como bares e restaurantes.