Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 21/06/2018 22:50
Sirenes ligadas, quatro viaturas da Polícia Militar e 13 militares. A mobilização que geralmente indica uma grande perseguição por criminosos, desta vez teve um objetivo diferente: fazer uma surpresa de aniversário para Adriel que, na quarta-feira (20/6), completou 13 anos. No reboque anexado a uma dos carros da PM, a bicicleta que o menino tanto sonhava chegou escoltada até a casa dele, na quadra 24 de Planaltina.
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"Eu não consegui nem falar nem nada quando eu vi. Eu só tenho a agradecer e vou orar na igreja todo dia por eles", relatou Adriel, que quer ser policial ou bombeiro quando crescer. Foi contando sobre esta vontade que o menino fez amizade com militares do Grupamento Tático Operacional 34, de Planaltina.
De acordo a equipe, ao ver a viatura chegando de uma ocorrência na delegacia, na segunda-feira (18/6), a criança fez de tudo para chamar a atenção dos ocupantes. Ele começou a conversar, contando sobre a vida dele, as dificuldades e os sonhos. Por fim, deixou um pequeno bilhete com o pedido: "Senhor policial, queria uma bicicleta de presente". Adriel garantiu que a ideia foi toda dele. "Eu fiz escondido da minha mãe, ela não sabia que eu tinha pedido para a polícia", jurou de pé junto o audacioso.
Desde o contato, o grupamento começou a se organizar para atender ao menino. Os militares fizeram uma vaquinha entre si e foram arrecadando, com ajuda comerciantes locais, mais dinheiro para a bike e alimentos para dar cestas básicas à família. Finalmente nesta quinta-feira (21/6), com um dia de atraso, o presente chegou. "Foi uma surpresa. Eu agradeço por terem realizado o sonho do meu filho, porque era a única coisa que ele queria", disse a mãe, Meire Marchiori, 38 anos, que está desempregada e, por isso, não conseguiu dar o presente.
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Para o Sargento Antônio Eldes Inácio dos Santos, responsável pela equipe, a ação só foi possível pela aproximação das crianças com os policiais. "É muito gratificante ter a confiança das crianças, que acabam falando, se abrindo com a gente. Elas são o nosso futuro e, se nós policiais conseguirmos com essa aproximação dizer que o mundo do crime não compensa, ressaltar o valor dos estudos, isso já pode fazer a diferença para cada uma delas".