Cidades

Agente penitenciário morto em assalto será enterrado em Valparaíso

Rafael reagiu a um assalto na cidade do Entorno do DF e acabou baleado duas vezes. Internado por 4 dias, ele morreu no sábado

Erika Manhatys*
postado em 25/06/2018 13:59

Rafael da Silva Soares, ex-agente penitenciário, foi morto ao reagir a assalto em ValparaísoFamiliares e amigos devem prestar as últimas homenagens ao agente penitenciário Rafael da Silva Soares, 28 anos, nesta terça-feira (26/6). O velório terá início às 10h e o enterro está marcado para às 15h, no Cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso (GO). Internado por 4 dias no Hospital de Base, o servidor público morreu no sábado (23/6), após ter sido vítima de uma tentativa de assalto na cidade do Entorno do DF.

O crime ocorreu no bairro Céu Azul. Dois assaltantes renderam Rafael da Silva, que tentou se proteger, mas foi baleado duas vezes por um dos criminosos. O agente foi levado de helicóptero do Departamento de Trânsito do DF (Detran - DF) para o hospital. Na troca de tiros, ele atingiu um dos suspeitos, que chegou a ser socorrido, mas também morreu no Hospital Regional de Santa Maria.

Órgãos de agente foram doados

O enterro foi postergado porque a família decidiu pela doação de órgãos de Rafael. A esposa, Georgia Soares, afirma que, pela pouca idade, o agente nunca havia comentado a possibilidade de ser um doador. ;Como ele era muito jovem, nunca conversamos sobre isso, mas a família decidiu doar, pois ele não tinha vícios e nem problemas de saúde. Creio que muitos órgãos foram aproveitados, a saúde dele era muito boa;.

[SAIBAMAIS]Rafael atuou por quase dez anos no sistema carcerário do DF e a experiência na área de segurança pública pode ter sido decisiva no desfecho do caso, segundo a esposa. ;Ele era treinado para agir nestas situações, era um excelente profissional. Foi o primeiro emprego dele. Ele serviu o Estado por quase dez anos e se não fosse com ele, seria com qualquer outra pessoa;, lamenta.

"Rafael era muito cuidadoso", diz mulher

A mulher também recordou que o agente era muito cauteloso e o caso foi uma fatalidade, ;Rafael era muito cuidadoso, a rotina dele era bem metódica. Nós quase não saímos de casa, nos divertíamos com a família. Mas a reação dele é natural, ele agiu como profissional da segurança, da mesma forma como um médico, quando decide atender alguém que precisa;, conta Georgia.

A perda precoce de Rafael abalou toda a família, amigos e colegas de profissão. Georgia lembra como o esposo era querido. ;Ele era uma pessoa excelente, muito justo e honesto, um ótimo marido e colega de trabalho. Todo mundo sentiu muito a sua perda.;

*Estagiária sob supervisão de Jacqueline Saraiva

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