A comunidade francesa se reuniu para ver o último jogo da fase de grupos da Copa no auditório da Aliança Francesa. A seleção enfrentou a Dinamarca em um embate que terminou no 0 x 0, mas já está classificada matematicamente para as oitavas.
O primeiro tempo não animou muito os torcedores. ;A França está jogando com um domínio incrível, mas não veio oportunidade de bola;, lamentou o primeiro secretário da embaixada, Tomas Napolitano, 39.
Os membros da embaixada optaram por assistir ao jogo na escola de francês para promover um maior contato com alunos e professores. O diretor da instituição, Mathieu Bernard, 39, conta que algumas aulas foram remarcadas, a pedido dos alunos que queriam acompanhar os jogos.
Quem estava empolgado era o pequeno Rafael Martins, 4. O menino, nascido em Porto Alegre, é filho de mãe brasileira e pai francês. No começo da partida, ele cantou o tradicional hino da torcida, ;Allez, le bleu; (Vamos, azuis).
Os pais contam que sempre levam Rafael aos eventos da comunidade francesa, para que ele tenha contato com os dois países. A mãe, Magali Dantas, que é servidora pública, conta que conheceu o marido, o advogado francês Thomas Martins, no Brasil e que quando veio Rafael, eles escolheram Brasília como lar.
Na casa, a torcida fica dividida entre os dois países. ;Eu não sou fanático por futebol, mas acho que o Brasil representa muito o esporte. Nós acabamos torcendo por França e Brasil ao mesmo tempo;, conta Thomas.
Gastronomia
O jogo na hora do almoço abriu o apetite dos franceses, que aproveitaram a culinária do bistrô Le Jardin. O chef Tiago Santos, 37, serviu pratos típicos, vinho e cerveja para os torcedores. ;O coq au vin (frango ao vinho) é o prato que tem mais saída, mas os pratos de países francófono, como cuscuz marroquino, também são muito pedidos;, explica Tiago.