Luiz Calcagno
postado em 02/07/2018 11:35
A concentração na Embaixada do México em Brasília começou em tom amistoso. A expectativa de público é de 50 pessoas, aproximadamente metade da comunidade mexicana no Distrito Federal, que tem o dobro de membros.
Além de uma grande bandeira tricolor do país, sombreiros e máscaras de lucha libre, há algumas camisas do Brasil entre os torcedores da Seleção Mexicana. Em geral, funcionários brasileiros da embaixada e cônjuges de mexicanos moradores da capital.
A entrada das seleções foi aplaudida pelo público e todos permaneceram de pé para acompanhar ambos os hinos. A segunda canção, do país da América Central, claro, ressoou em tom respeitoso no salão preparado para o jogo.
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O primeiro tempo foi carregado com a emoção de um jogo eliminatório, e os mexicanos assistiam o jogo da ponta da cadeira. Quando o El Tricolor avançava, eles aplaudiam e torciam. Quando o Brasil ameaçava, brasileiros vibravam, mas um burburinho se alastrava e os pedidos dos mexicanos para os jogadores tirarem a bola da área se misturava com a ansiedade dos torcedores canarinhos.
Coração dividido
O embaixador do México no Brasil, Salvador Arriola, brincou. "O coração está dividido. Mas a camisa mostra minha torcida. Gosto de futebol há muito tempo. Acompanhei a Seleção Brasileira de 1970, uma das melhores da história. Mas agora, o México está lutando com garra. México foi melhor no primeiro tempo. Mas o importante é que jogamos com respeito e vingamos o Brasil contra a Alemanha", sorriu.
Filho de mãe brasileira, o secretário particular da Embaixada do México em Brasília, Gustavo Gallego, 38 anos, escolheu a seleção que torceria pela quantidade de títulos. "Brasil tem cinco e México não tem nenhum. Então é México. Acho que merecemos", explicou.
Após o gol do Brasil no início do segundo tempo, os torcedores da Embaixada decidiram impulsionar a Seleção Mexicana. Aos gritos de "México", empolgaram o salão. O jogador mexicano mais aplaudido era o goleiro Guillermo Ochoa, que fechava o gol contra os canarinhos.
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