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Ex-diretor da Polícia Civil e ex-distrital, Milton Barbosa morre em casa

Ele não resistiu a um infarto fulminante. O delegado aposentado estava em casa com a mulher Isaura Barbosa. Ela ainda acionou por socorro, mas Milton não resistiu

Isa Stacciarini
postado em 07/07/2018 09:44
O ex-diretor da Polícia Civil e ex-deputado distrital Milton Barbosa, 71 anos, não resistiu a um infarto. Ele estava em casa quando passou mal
O ex-diretor da Polícia Civil e ex-deputado distrital Milton Barbosa, 71 anos, morreu na noite de sexta-feira (6/7). Ele não resistiu a um infarto fulminante em casa, no Park Way. Milton estava com a mulher, Isaura Barbosa, pré-candidata a deputada distrital, que ainda tentou acionar por socorro, mas não deu tempo. A morte do delegado aposentado emocionou amigos, servidores da área da segurança pública e políticos da cidade.

Sobrinha de Milton, Renata Mendes, 38 anos, contou que ele estava assistindo a televisão, em casa, quando se sentiu mal, por volta de 22h30 e 23h. O delegado chegou a ir à cozinha procurar um dos remédio que tomava, mas caiu no caminho. ;O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ainda fez os primeiros socorros, mas não deu mais;, lamentou.

Servidora pública, ela se lembra do tio como uma pessoa solidária. ;Ele era um herói, não só para a família, mas para todo mundo que convivia com ele. Era uma pessoa que vivia para a solidariedade. A alegria dele era essa. Ajudar as pessoas;, reforçou ela que era considerada como filha por Milton.

Diretor da Polícia Civil, Eric Seba trabalhou com Milton na década de 1980 e 1990. Ele se lembra do amigo como um grande profissional. ;Lamentamos muito a perda dele. Foi um choque para todos. Era uma pessoa exemplar, como profissional e como ser humano. Uma pessoa muito querida por todos. Só nos resta a lamentar e fazer homenagens que nós pudermos;, destacou.

Delegado e amigo pessoal de Milton, Paulo Roberto D;Almeida, 70 anos, se emocionou ao falar dele. Antes de trabalharem juntos, os dois conviveram em Taguatinga. Foi Paulo Roberto quem ajudou Milton a ingressar na área de segurança pública. ;Primeiro ele começou como agente e, depois, ingressou como delegado. Fazia treinamentos na minha casa e eu o ajudei a preparar para os concursos. Ele era um dos meus melhores amigos da polícia;, contou, em lágrimas.

Além da união dentro e fora da segurança pública, Paulo Roberto e Milton jogavam futebol pelo Centro de Ensino Médio de Taguatinga. Na escola, formaram um grupo de alunos e professores e chegaram a escrever um livro juntos. A obra, intitulada Meta (Mestres e Estudantes de Taguatinga), está editada para ser lançada. ;Em 1960, disputamos campeonatos estudantis em Brasília, fomos campeões por Taguatinga e formamos uma amizade sólida e consolidada;, destacou.

Paulo ressaltou, ainda, a carreira de Milton. ;Ele tinha uma vida profissional excelente. Era exemplar, digno de referência. Nunca teve nada que pudéssemos aboná-lo como pessoa. É um amigo muito grande que vai deixar muitas saudades;, ressaltou, emocionado.

Milton é piauiense de Canto do Buriti. Foi, ainda, administrador das cidades do Riacho Fundo I e II, Ceilândia e secretário de Solidariedade. Na Câmara Legislativa, exerceu mandato entre 2007 e 2010. É irmão do delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa.

Ele deixa mulher e dois filhos, de 37 e 43 anos. O mais velho é promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O velório está marcado para às 8h até às 11h de domingo (8/7), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, onde ele será enterrado.

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