Cidades

Carro usado em abordagem violenta a ônibus é da Polícia Civil, diz diretor

Corregedoria da corporação busca identificar os agentes que intimidaram os ocupantes da linha 038.1, no Pistão Sul

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 11/07/2018 20:57
A abordagem, feita por supostos policiais civis, ocorreu no Pistão Sul, em Taguatinga
O carro usado por dois supostos policiais civis em uma abordagem intimidadora a um ônibus da linha 038.1 (Riacho Fundo I ; Taguatinga), é da corporação. A informação foi confirmada pelo diretor do departamento de inteligência e gestão da informação da PCDF, Jorge Couto. O Renault Sandero Prata fechou o ônibus, na altura da Estação Taguatinga Sul, do Metrô, no Pistão. Os agentes subiram armados no coletivo e deixaram passageiros aterrorizados. O caso ocorreu na sexta-feira (6/7).
Jorge Couto contou que, agora, trabalha para identificar quem seriam os policiais que atuaram na abordagem. "É um veículo da Polícia Civil e, agora, tentamos compreender se realmente houve a participação de agentes nesse cenário. Só assim, daremos uma resposta efetiva sobre todo o caso", afirma.
O diretor diz que o processo corre em sigilo dentro da Corregedoria da Polícia Civil. "Se realmente se tratar de policiais civis, naturalmente adotaremos as providências que o caso exige. Após a identificação, vamos apurar o que levou a essa abordagem", finaliza.

Entenda o caso

Um passageiro que estava no ônibus no momento da abordagem começou a filmar ação de dois homens, que se identificaram como policiais civis. Os dois entraram no coletivo com arma em mãos, o que acabou gerando um clima de tensão entre as pessoas. Dois vídeos gravaram toda a situação envolvendo os supostos agentes.
O motorista Paulo Rezende contou que o veículo, agora confirmadamente da Polícia Civil estava na faixa da esquerda, trafegando em baixa velocidade. Ele teria alertado o motorista, que se irritou. O carro ficou emparelhado com o ônibus, e um dos homens teria apontado a arma para ele, ordenando que estacionasse o coletivo.
Sentindo-se inseguro, Paulo optou por não parar. Um giroflex (sirene) foi colocado no teto do automóvel, que posteriormente travou a saída do ônibus. Nesse instante, uma pessoa começa a filmar os momentos de tensão. Os próprios passageiros relatam que a dupla estaria "cheirando a pinga".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação