Se por um lado chega uma época de pôr-do-sol multicolorido, céu amplo e horizonte infinitamente azul-intenso, por outro, a cidade passa a sentir a falta que a chuva faz. A seca começa a castigar a vegetação, e os jardins, espalhados por todo o DF, aos poucos vão ganhando tons amarelados, marrons. Muitas árvores já deram adeus às folhas, que só devem dar as caras novamente quando as precipitações voltarem, no final do segundo semestre.
Mas, em terra das contradições socioeconômicas, a natureza também tem os seus caprichos. É chegada a época das primaveras, flôr de papel ou bouganvíleas, seja qual for o nome pelo qual você conheça a planta, das mais variadas cores. Amarelas, vermelhas, roxas, elas estão espalhadas nas áreas verdes da capital, nos canteiros centrais da cidade ou em pequenos vasos, em varandas de casas e apartamentos.
Em poucos dias, chegam eles: os ipês. Os queridinhos dos fotógrafos, profissionais e amadores, que marcam presença na vida do brasiliense todos os anos, até o fim de agosto, começo de setembro. Mimos da natureza, todos sob medida, para ajudar os "calangos" a enfrentar a secura do Cerrado no meio do Planalto Central.