postado em 18/07/2018 17:30
No Distrito Federal o número de consumidores que não honram suas dívidas aumentou 8,82% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro semestre do ano, o mês de abril foi o que apresentou maior alta (9,12%) e o mês de Janeiro a menor (2,97%). Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados hoje (18/07) pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do DF.
Em comparação ao ano passado, de junho de 2016 a junho de 2017 houve diminuição de 3,45% no número de pessoas inadimplentes no DF ; recuo maior que o da média nacional (0,83%) e que o do Centro-Oeste (2,04%).
Quase 42% dos consumidores adultos do Centro-Oeste, 4,92 milhões de pessoas, estão inadimplentes no país atualmente. Em comparação ao 1; semestre do ano passado houve um crescimento de 2,82%.
Os índices de inadimplência foram afetados pelo desemprego e pelo aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que aumentou 1,26% em junho. De acordo com os dados do SPC, o centro-oeste possui o menor número de consumidores inadimplentes do País. O problema no entanto é que a porcentagem é alta pois a região não está entre as mais populosas. A região fica em terceiro lugar no ranking do endividamento, só perde para as regiões Norte, com 48,22% da população adulta inadimplente, e Nordeste (43,53%). Já o Sul concentra a menor porcentagem, com 36,16%.
Segundo o presidente da CDL-DF, José Carlos Magalhães Pinto, "no 1.; semestre de 2017, foi registrada queda no consumo das famílias brasileiras, devido à grande instabilidade econômica dos últimos anos, e por isso a inadimplência apresentava declínio. A partir do 2.; semestre, com a recessão chegando ao fim, a população voltou a consumir, o que levou ao cenário atual, de alta na inadimplência", ou seja, o momento ainda é delicado, já que o crescimento econômico não tem atingido as expectativas do início do ano.
Magalhães alerta e orienta para que os consumidores sejam cautelosos na hora de fazer compras. "Consumir é importante, pois faz a economia girar, mas é necessário tomar cuidado para não se endividar, pois o crescimento da inadimplência tende a aumentar os juros", lembra. "Pesquisar antes de comprar e evitar parcelamentos longos são o melhor caminho."
Curiosidades
;Em todos os meses do 1.; semestre, o setor credor com maior crescimento de dívidas em atraso no DF foi o de água e luz. Já o comércio vem apresentando quedas consecutivas no número de dívidas.
;A faixa etária com o maior aumento no número de inadimplentes é dos idosos de 85 a 94 anos, que chegou a 33,52% em junho.
;Cada consumidor do DF tem, em média, 1,997 dívidas em atraso, menos que o Centro-Oeste (2,019) e mais que a média do País (1,93).
;O DF fechou 2017 com 906 mil consumidores negativados, o equivalente a 39,53% da população entre 18 e 94 anos.