Cidades

Secretaria de Saúde investiga a morte de quatro macacos em zona rural do DF

Os animais foram encontrados nesta semana no setor de chácaras de Planaltina

Pedro Grigori - Especial para o Correio
postado em 20/07/2018 15:04
107 macacos foram encontrados mortos no DF neste anoQuatro macacos foram encontrados mortos em uma chácara no Jardim Morumbi, área rural de Planaltina. A Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da Secretaria de Saúde recolheu os animais na tarde de quinta-feira (19/7) e os levou para análise no laboratório da Universidade de Brasília (UnB), onde será identificado se os mamíferos foram vítimas de febre amarela. O resultado dos exames saem em 30 dias.

Apenas entre janeiro e junho de 2018 a Secretaria de Saúde recolheu 107 macacos mortos no DF, quase o mesmo número de todo o ano passado, onde foram encontrados 140 animais. Os exames deram negativo para febre amarela em todos os casos.
[SAIBAMAIS]Em 2018, houve 69 casos suspeitos de febre amarela em humanos no DF. Desses, 66 foram descartados, um foi confirmado e dois estão sob investigação. O paciente foi tratado e se recuperou. Mais de 86% da população é vacinada contra a doença. Entre janeiro e novembro do ano passado, 207 mil pessoas receberam doses do imunobiológico.
Desde 2014, após estudos científicos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam só uma dose para toda a vida. Idosos acima de 60 anos, grávidas, lactantes, bebês de até seis meses, pessoas com imunodeficiência (como a Aids ou em tratamento de alguns tipos de câncer), transplantados e alérgicos a ovo não devem se vacinar.

A Secretaria de Saúde informa que em casos envolvendo animais devem ser comunicados à Dival por meio dos telefones 2017-1342/99269-3673 ou pelo Disque Saúde ; 160.

Macaco não transmite a doença

O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBP) alertam que os macacos, assim como os seres humanos, são vítimas da doença. No ciclo silvestre da febre amarela, os macacos são os principais hospedeiros do vírus, mas não transmitem a doença.
Esses animais servem como guias para a elaboração de ações de prevenção da febre amarela. Matar animais é considerado crime ambiental pelo artigo 29 da Lei n; 9.605/98. A pena chega a um ano de prisão e pagamento de multa de R$ 5 mil.

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