Walder Galvão - Especial para o Correio, Alan Rios
postado em 20/07/2018 18:30
Assassinada no último sábado (14/7), Janaína Romão Lúcio, 30 anos, deixou o sentimento de luto, revolta e solidariedade entre amigos e familiares. Na manhã desta sexta-feira (20/7), colegas de trabalho da vítima realizaram uma homenagem em frente ao Ministério dos Direitos Humanos, local onde ela trabalhava. A mulher foi assassinada em Santa Maria pelo ex-companheiro, Stefanno Jesus de Souza de Amorim, 21. O crime aconteceu na frente das filhas do casal, de 2 e 4 anos.
Cartazes pedindo justiça e redução dos índices de violência contra a mulher marcaram o encontro. Muitos se abraçaram e se emocionaram durante o ato. Uma das organizadoras, Ana Paula Rabelo, afirma que a reunião simboliza um desabafo para esse tipo de crime não ocorra mais. ;Todos que conheciam Janaína estão reunidos e distribuindo toda a força necessária;, comenta.
A preocupação dos amigos se estendeu até os familiares de Janaína. Wellington Well, que foi chefe dela em 2013 e manteve uma relação de amizade desde então, decidiu criar uma vaquinha on-line para ajudar as duas filhas órfãs de mãe e os pais idosos. ;Além de produtos materiais básicos, a ajuda será, também, para dar atendimento psicológico para as crianças;, frisa. Wellington batizou a arrecadação de ;Janaína vive!”.
Para os familiares, receber tanto apoio significa que Janaína deixou boas lembranças em quem conheceu. ;A gente fica confortado com todo esse carinho que estamos recebendo. Ela deixou muitas lembranças boas;, afirma a irmã, a auxiliar administrativa, Cleire Romão Lucio, 29. Ela conta que as filhas de Janaína estão bem, morando com os avós.
Quem quiser ajudar a família de Janaína pode participar da vaquinha clicando aqui.
Assassinada a facadas
Janaína foi morta a facadas na frente das próprias filhas em Santa Maria. Ela teria ido à casa do tio do ex-companheiro, Stefanno, para buscar as crianças, quando, após uma discussão, foi atacada por ele a facadas. Testemunhas contaram aos policiais que o crime teria sido motivado por ciúmes.
O suspeito foi preso no Recanto das Emas, na casa da irmã, três dias após o crime. Aos investigadores, ele entregou uma carta onde confessou o crime. Um dia antes, ele teria ligado aos pais de Janaína exigindo a guarda das crianças.