Jornal Correio Braziliense

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População do Distrito Federal será a segunda mais idosa do país em 2060

No mesmo ano, o crescimento populacional do Distrito Federal será decrescente, segundo IBGE


O número de nascimentos tende a diminuir e o de registros de óbito da população como um todo a aumentar na capital federal. Ao menos é o que indica a Projeção da População (revisão 2018), levantamento elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (25/7), apresenta um cálculo revisado da projeção da população do país, por idades, ano a ano, de 2010 a 2060.

Segundo a pesquisa, a média geométrica de crescimento populacional do Distrito Federal será negativa em 2060: equivalerá a -0,10%. Este ano, esse valor é de 1,40%. De 2018 a 2060, os nascimentos cairão de 44.364 para 32.984. O número de óbitos da população como um todo, por sua vez, crescerá em mais de 30 mil. Saltará de 12.982, para 44.866.

A redução no número de nascimentos e aumento na quantidade de mortes segue uma tendência nacional. No Brasil, a previsão para este ano é de 3.003.585 nascimentos e 1.349.693 mortes. Em 2060, esses números serão, respectivamente, 2.120.842 e 2.856.059. A tendência é que a população nacional cresça até 2040, indo de 208.494.900 em 2018 até 231.919.922, reduzindo nos próximos 20 anos, até chegar a 228.286.347.

Diferentemente da tendência nacional, porém, a população do DF continuaria a aumentar, de 2.972.209 em 2018 aos 3.789.728 habitantes em 2060. Um dos motivos será o saldo migratório positivo para a capital. Nessa altura, o índice de pessoas com 60 anos ou mais, em relação aos jovens de até 15 anos, que, este ano, é de 33,66%, deve chegar a 207,14% no fim do período, valor acima da expectativa nacional, que é de 173,47%.

A proporção de idosos para jovens no DF em 2060 será a segunda maior entre as 27 unidades da Federação, com cerca de dois para um. A Projeção da População (revisão 2018) também aponta que, naquele ano, apesar do crescimento progressivo da população, o DF terá a menor taxa de fecundidade do país.

Vai passar de 1,68 filho por mulher, registro de 2018, para 1,5 filho por mulher. Por outro lado, a expectativa de vida para homens e mulheres deve aumentar, respectivamente, de 74,94 e 81,96 anos este ano, para 79,53 e 85,65 no fim do período avaliado.

Com informações do IBGE