Mesmo com os recursos apresentados pelo Sesc, a turma decidiu por manter a condenação da instituição. O juiz titular da 21; Vara Cível de Brasília entendeu que o laudo pericial comprovou que houve erro na técnica utilizada no procedimento, fato que teria resultado na fratura, e condenou o Sesc a restituir os gastos com o tratamento e a pagar indenização no valor de R$ 20 mil por danos morais. Antes da condenação, a instituição havia alegado que não teria havido erro na realização do serviço e que os funcionários adotaram as providências cabíveis após o fato.
Para os desembargadores, o laudo pericial apontou que a atuação da profissional seria a causa da fratura. "A imperícia da dentista do Sesc, responsável pelo procedimento cirúrgico, foi a causa determinante para a quebra da mandíbula da paciente. Nesse ponto em particular, o perito esclareceu que a odontossecção (corte dividindo as raízes do dente) foi insuficiente. Por conta desse quadro, ao se tentar extrair a parte remanescente, foi necessário o uso de uma força maior que a devida, o que, aparentemente, causou a fratura mandibular;, afirmaram em relatório.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Sesc e foi informada de que ainda restam 15 dias para a assessoria jurídica decidir se entrará com um último recurso. Em nota, a instituição informou que está ciente da decisão e reiterou que não houve falha na realização do serviço. "Além disso, os empregados adotaram todas as providências cabíveis após o incidente. Trata-se de um caso isolado. A instituição presta serviço a toda comunidade do DF com qualidade e presteza", afirmou, em nota.