Cidades

Caesb flagra furto de água para abastecer 50 casas no Areal

Ação foi descoberta após monitoramento via satélite. Só em 2017, o Governo perdeu R$ 43 milhões com as ligações clandestinas

Alan Rios
postado em 01/08/2018 11:21

Funcionários da Caesb cavam para encontrar ligação clandestina em rede de abastecimento de Água no Areal

Um levantamento do Governo do Distrito Federal aponta que moradores de, pelo menos, 2,8 mil residências furtaram água no primeiro semestre de 2018. Em uma ação de combate a esse crime nesta quarta-feira (1;/8), a Polícia Civil e funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) flagraram 50 casas no Areal alimentadas por ligações clandestinas.

Geraldo Donizeth, gerente de vistoria e fiscalização da Caesb, explicou como foi feita a identificação: "Nós temos postos que monitoram, via satélite, os prováveis pontos de consumo não autorizado. Com base nessas informações, nós começamos a acompanhar as regiões para descobrir onde é o ponto em que foi feita a derivação".

[SAIBAMAIS]A ação de combate desta quarta aconteceu na SHA, Conjunto 6 do Areal. Um ponto irregular de abastecimento servia água para mais de 100 pessoas e gerava prejuízos ambientais e financeiros. Para ter ideia do prejuízo anual provocado por ligações clandestinas semelhantes, em 2017, ano em que a crise hídrica na capital foi mais intensa, o GDF calculou uma perda 727 milhões de litros de água, um prejuízo de R$ 43,5 milhões aos cofres públicos.

Por outro lado, os moradores que ficaram sem água alegaram que a Caesb regularizaria a situação do abastecimento das casas, mas não voltou ao local. "Eles vieram aqui há dois meses, cadastraram todos os moradores e disseram que iam mandar os relógios. Mas sumiram depois disso", disse uma moradora da rua abastecida, que não quis se identificar.

Além de responder a um processo penal, os responsáveis também serão multados pela Caesb em até R$ 72 mil. Uma moradora falou com o Correio sem se identificar, se queixou da ação e pediu regularização da área. "Queremos pagar nossa conta igual a todo mundo", explicou.

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