Na Colônia Agrícola Samambaia, agentes chegaram até o canil de animais de raça por uma denúncia anônima. No local, uma mulher foi encontrada e detida. Ela morava no lote onde funcionava o abrigo ilegal.
A ação foi realizada por policiais da Seção de Combate a Maus-Tratos de Animais (Semat), por meio da Delegacia Especial do Meio Ambiente (Dema).
Segundo o delegado Marcos Paulo Costa, da Dema, o local era infestado pelo mau-cheiro e por espécies de insetos. "Alguns desses animais viviam em gaiolas, convivendo com as próprias fezes. As vasilhas de alimentação eram colocadas no mesmo ambiente. Era uma situação insalubre", afirma.
A dona do local alegou ter comprado o espaço há 12 anos e afirmou ter um ajudante, que não foi encontrado pelos policiais. Ela foi autuada por maus-tratos e pode pegar de três a um ano de reclusão.
A venda dos animais era feita pela internet. "Por isso, é importante que, antes de fechar um negócio, se informe sobre o local onde esse bicho está vivendo e se ele está em condições para ser adquirido", finaliza o delegado.
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A cerca de 18 quilômetros de distância, na Quadra 206 de Santa Maria, policiais militares do Batalhão Ambiental resgatavam 27 cachorros e sete pássaros. A Operação Bioma flagrou os bichos vivendo em um espaço apertado, alguns deles, em caixas e armários.
Assim como no outro canil, os animais tinham de dividir o espaço onde viviam com a alimentação e fezes. Os cachorros aparentavam sinais de doenças e todos portavam sarna.
Na residência, uma mulher foi encontrada e autuada por maus-tratos. A proprietária alegou que os cães eram mantidos para a reprodução e, consequentemente, revenda dos filhotes.
Em nenhum dos canis havia um veterinário responsável pelos animais, para o acompanhamento regular do estado de saúde. As aves viviam em gaiolas e não estavam em situação de maus-tratos.
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