Cidades

Amigos e familiares homenageiam jornalista Ari Cunha em missa de 7º dia

Cerimônia reuniu cerca de 150 pessoas. Um coral, composto por amigos e familiares do jornalista, entoou as canções religiosas da missa em memória do vice-presidente institucional do Correio

Bruna Lima - Especial para o Correio, Jéssica Eufrásio
postado em 06/08/2018 22:08
Missa Ari Cunha

Amigos, colegas de profissão e familiares se reuniram, na noite desta segunda-feira (6/8), para participar de mais uma homenagem ao vice-presidente institucional do Correio Braziliense, Ari Cunha. A missa de sétimo dia da morte do jornalista ocorreu às 20h30, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Lago Sul. A cerimônia religiosa contou com a presença de aproximadamente 150 pessoas. Ari morreu em casa, na madrugada da última terça-feira, aos 91 anos, vítima de um quadro de falência múltipla de órgãos.

Durante a cerimônia, um coral acompanhado por um grupo de instrumentistas, entoou canções religiosas. Parentes e amigos de Ari integraram o coro, que conferiu um aspecto comovente à missa. "Ele deixou marca, deixou respeito, deixou admiração, deixou amor. Meu pai era um homem do sertão, sabia o valor da água. Não desperdiçava palavra. Gostava de ver, gostava de ler, amava ouvir. Não perdia uma prosa, não ignorava a natureza, se jogava na vida", declarou a filha, Eliana Cunha, no início da missa. Além dela, Ari teve outros três filhos com a professora de enfermagem Maria de Lourdes Lopes Cunha: Ari, Raimundo e Circe.

O filho mais velho, que leva o nome do pai, ressaltou não só a importância de Ari para a família e amigos próximos, como também para Brasília e para o jornalismo. "Ele acompanhou os acampamentos das obras do Correio Braziliense, a contrução do prédio e fez o jornal crescer. A grande mensagem dele para o jornalismo é a honestidade na cobertura dos fatos publicados. Meu pai defendeu muito a cidade e deu uma vida longa e honrada ao jornal. O amor e respeito pelas pessoas são os pontos mais altos da minha educação", afirmou Ari filho.
Vídeo em homenagem aos 40 anos da coluna Visto, Lido e Ouvido
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Natural da cidade cearense de Mondubim, José de Arimathéa Gomes Cunha nasceu em 22 de julho de 1927 e, aos 16 anos, já atuava como revisor da Gazeta de Notícias, em Fortaleza. Mais tarde, passou pelo jornal Estado. Fora do Nordeste, escreveu crônicas políticas no Bureau Interestadual de Imprensa e no International News Service. Também chefiou a New Press durante 10 anos, antes de se transferir para o Última Hora.

Em julho de 1959, passou a fazer parte do grupo Diários Associados. Coube a Ari estabelecer na nova capital do país o Correio Braziliense e a TV Brasília. Em 1990, assumiu o cargo de vice-presidente dos Diários Associados, cargo que ocupou até o último dia de vida.
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