Cidades

Suspeito de jogar mulher pela janela tem prisão convertida em preventiva

Jonas Zandoná, 44 anos, estava preso em flagrante. A esposa dele, Carla Zandoná, 37, havia o denunciado duas vezes por agressão. Na noite de segunda-feira, ela morreu ao despencar do terceiro andar do prédio na 415 Sul

Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 07/08/2018 15:40
Carla Zandoná, 37 anos, caiu do 3° andar do prédio
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) determinou que a prisão de Jonas Zandoná, 44 anos, seja convertida em preventiva. Ele é suspeito de arremessar a esposa, Carla Graziele Rodrigues Zandoná, 37, pela janela de um apartamento da quadra 415 da Asa Sul, nessa segunda-feira (6/8). O acusado estava preso em flagrante e foi encontrado pouco tempo após o crime, trancado na residência onde o casal vivia juntamente com um homem de 70 anos. A decisão é do juiz Aragonê Nunes Fernandes, da 11; Vara do Tribunal do Júri de Brasília.

A defesa de Jonas pediu que ele fosse beneficiado com a liberdade provisória, mas o requerimento foi negado durante a audiência de custódia. "Destaco que o fato de o autuado ter aparentes distúrbios de ordem psiquiátrica/psicológica não o autoriza a praticar crimes. Nesse cenário, a segregação cautelar se impõe, como forma de garantir a ordem pública, freando a senda delitiva, bem assim para preservar a instrução criminal, ante o risco concreto de intimidação de testemunhas", ressaltou o juiz decidir sobre o caso.

Na 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), Jonas foi autuado por homicídio triplamente qualificado ; motivo torpe, não apresentar possibilidade de defesa e feminicídio. Se condenado, o acusado pode pegar até 30 anos de cadeia em regime fechado.
De acordo com a investigação, o casal tem histórico de violência doméstica, e Graziele havia denunciado Jonas duas vezes à polícia. Vizinhos ouvidos pelos investigadores informaram que as brigas entre eles eram frequentes e agressões físicas, injúrias e ameaças recíprocas eram recorrentes.

Testemunha

O momento em que Carla Graziele caía do apartamento foi testemunhado por uma pessoa, que interfonou perguntando se a mulher havia caído. Nessa hora, segundo contou à polícia, Jonas atendeu ao interfone, ouviu e desligou. A Polícia Militar foi acionada e teve que arrombar a porta da residência, já que Jonas não a abria. Ele alegou que estava bêbado e não se lembrava do que tinha acontecido.

Segundo a polícia, a vítima não apresentava sinais aparentes de agressões, mas ainda passará por exame necroscópico para confirmar ou descartar a hipótese de agressão antes da queda. Os policiais constataram que Jonas estava com escoriações no braço direito.

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