Após aplicar ao menos 14 golpes em aluguéis de imóveis, uma suposta arquiteta foi denunciada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, nesta terça-feira (7/8), por estelionato. Em ocorrências policiais, Cristina Lima Sandy, 44 anos, foi vinculada como autora de crimes de estelionato, apropriação indébita e uso de documento falso. A mulher não possui registro profissional no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
De acordo com a denúncia, a mulher atuava de maneira semelhante em todos os casos: firmava um contrato de aluguel fraudulento, com uso de documentos falsos. Quando as cobranças chegavam, ela se esquivava, inclusive afirmando que já feito o pagamento. Depois desaparecia.
;O modus operandi da acusada é bastante semelhante, o que indica tratar-se de pessoa dedicada à atividade criminosa, fazendo dos atos ilícitos um meio de vida. À primeira vista, divergências contratuais e o não pagamento de alugueis figurariam como meros ilícitos civis. Todavia, o histórico de ocorrências e depoimentos prestados pelas vítimas indicam que a denunciada, ao menos desde 2016, vem aplicando idêntico golpe contra diversos proprietários de imóveis sujeitos à locação;, explica o promotor de Justiça responsável pela denúncia.
O caso que motivou a denúncia se trata de um aluguel feito entre janeiro e fevereiro de 2018, quando Cristina fez um contrato de um apartamento no condomínio Park Sul Prime Residence, localizado no Guará. A vítima anunciou o imóvel em um site pelo valor de R$ 4,5 mil reais mensais. A denunciada entrou em contato e ofereceu R$ 5,5 mil se a mobília fosse mantida no apartamento. Como garantia, disse que iria pagar três meses adiantados.
Cristina apresentou o CPF incorreto e depois de firmar um novo contrato para corrigir a falha, começou a utilizar desculpas para justificar a falta de pagamento. ;São dois anos ludibriando vítimas no Distrito Federal com o engodo da falsa locação sem os correspondentes pagamentos. Em certos casos, a denunciada também é investigada por apropriação indébita de bens mobiliários dos imóveis fraudulentamente locados, bem como por uso de documentos falsos. As investigações, assim, fornecem indícios claros de que a denunciada se apresenta como estelionatária profissional;, reforça o promotor de Justiça.
A 8; Delegacia de Polícia (SIA) foi responsável pelas investigações, reunindo os casos e relacionando com a denunciada.